Ligga Telecom quer rede privativa com acesso à internet

Ligga Telecom se contrapõe às preocupações das maiores operadoras de telecom, que defendem a restrição desse serviço ao acesso à rede pública.
Ligga Telecom quer rede com internetCrédito: divulgação
Crédito: divulgação

A Ligga Telecom (que integra a Copel e Sercomtel) quer o acesso à internet pelas operadoras que tiverem redes privativas, por meio da licença de SLP (Serviço Limitado Privado). A posição da operadora, que é controlada pelo fundo Bordeaux, e comprou frequência de 5G no leilão da Anatel, se contrapõe às preocupações das maiores operadoras de telecom, que defendem a restrição desse serviço ao acesso à rede pública.

A operadora manifestou a sua posição em resposta à consulta pública 41, da agência, que propõe a simplificação regulatória e que recebeu mais de 900 páginas de contribuições. Para a Ligga Telecom, a alteração sugerida na proposta lançada à consulta torna mais clara a interpretação já expressa em diferentes documento da agência. Afirma a operadora:  “A clarificação da possibilidade de oferecimento de acesso à internet por todas as prestadoras do SLP a seu público-alvo garante maior diversificação no mercado, bem como possibilita que grupos de usuários ou comunidades cujas necessidades não são atendidas por prestadoras de SCM também tenham acesso à banda larga fixa.”

Para a empresa, a nova redação ao que é o SLP (Serviço Limitado Privado) irá também corrigir o que entende ser uma falha na atual regulação, no sentido de que, entende a empresa, atualmente somente  órgãos e entidades da Administração Pública e entidades sem fins lucrativos poderiam prover internet por meio dessas redes privativas.

Petrobras

A Petrobras também se manifestou favorável à proposta da Anatel de unificação de dois serviços:  o Serviço de Uso Temporário do Espectro (SUTE) e o Serviço Especial para Fins Científicos e Experimentais (SEFICE). Para a empresa, essas duas licenças têm um “grande valor agregado para as aplicações que necessitam de agilidade no processo de licenciamento e para as aplicações experimentais”.  A proposição de unificar os dois serviços é bem avaliada pela Petrobras, endossando a visão de vários “players” do mercado de telecomunicações sobre a necessidade de ampliação do prazo do Uso Temporário do Espectro para 24 (vinte e quatro) meses, prorrogáveis, assim como já é para o SEFICE.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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