Level 3 atualiza rede no Brasil para oferta de serviços de SDN

Operadora se prepara para Olimpíadas, da qual será fornecedora de rede para broadcast e reforço na capacidade das operadoras móveis nos estádios
A rede da Level 3 no país
A rede da Level 3 no país

A operadora Level 3, que vende serviços para empresas e no atacado, está atualizando sua rede no país para a oferta de serviços de redes definidas por software (SDN, na sigla em inglês). A empresa não divulga detalhes. Mas o diretor de conectividade, IP e mídia José Eduardo de Freitas contou ao Tele.Síntese que até o final do ano diversas cidades terão a nova tecnologia.

Segundo ele, o projeto de SDN da Level 3 prevê a capacidade de o cliente alterar as propriedades da rede sob demanda, remotamente, e de modo instantâneo. Para adotar a tecnologia, todo o core da rede da empresa será modificado no país. No mundo, a rede da operadora tem capacidade de transporte de 42 Tbps. No Brasil, tem data centers em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.

O sistema já funciona desde maio do ano passado nos Estados Unidos. Ali, clientes que usem a nuvem Azure, da Microsoft, podem adaptar a demanda de rede a qualquer momento. O serviço também oferece sistema de análise de uso, relatório de latência, perda de pacotes etc. Lá fora, o produto é chamado de Adaptative Network Control e permite multiplicar, momentaneamente, em três vezes a banda dedicada de uma empresa.

Olimpíadas
Segundo Freitas, a operadora está a todo vapor com os preparativos para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que se iniciam em 5 de agosto. A Level 3 foi uma das selecionadas para fornecer capacidade de transporte de dados à Olympic Broadcasting Services (OBS), empresa responsável pela transmissão dos jogos.

Além de prover parte da infraestrutura do centro de geração de imagem olímpico, conectando-o às TVs abertas, a Level 3 está finalizando contratos com programadoras de TV paga. “Faremos o transporte de áudio e vídeo entre o centro de geração de imagem para as unidades de transmissão dos canais”, explica. A intenção é colocar em uso no país a plataforma Vyvx, usada em broadcast nos EUA, para fazer decodificação e transmissão dos conteúdos.

O executivo conta que os novos contratos não exigirão grandes investimentos. “O Rio de Janeiro é um dos nossos principais nós da rede internacional e temos core de rede na cidade. Nosso backbone local tem alta capacidade, então não precisaremos alterá-lo”, diz. Ele não quis dar detalhes sobre acordos de compartilhamento de rede com operadoras de telefonia móvel, que já contrataram a Level 3 para multiplicar capacidade nos estádios e arenas olímpicos.

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Rafael Bucco

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