Levar o acesso à agenda ESG aos médios produtores é o desafio
Levar o acesso à implementação da agenda (ESG) por pequenos e médios produtores é o maior desafio do momento, defendeu, nesta quinta-feira, 12, o chefe geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, em debate no AGROtic 2022. Segundo ele, os grandes proprietários têm condições financeiras, de mão de obra e acesso às tecnologias e podem atender as exigências do mercado externo. Mas o mercado interno ainda é abastecido pelos médios produtores, além dos grandes.
“Os produtores médios têm as dificuldades dos grandes e estão achatados e o desafio é como adaptar a agenda de ESG para eles”, disse. Spadotti acredita que se as exigências que são feitas para os grandes produtores forem feitas replicadas para os médios produtores do dia para a noite, eles não vão conseguir atendê-las.
Para Spadotti, deve-se adotar uma agenda progressiva escalonada para que o médio produtor tenha capacidade para se adequar às exigências, por prazos pré-estabelecidos.
O chefe da Embrapa alerta também que, na adoção das práticas ESG, os custos de produção aumentam e podem se refletir no preço do alimento, que já vem sendo inflacionado com os custos de combustíveis e insumos. “Tenho certeza de que na adoção de exigências escalonadas, os produtores médios poderão se adaptar às agendas ESG, sem implicar aumento de preços”, disse.
O AGROtic é uma produção da Momento Editorial, em parceria com a EsalqTeC. Os debates sobre tecnologia para o campo continuam nesta sexta-feira, 13.