Lenovo prevê sair do prejuízo no mercado de celulares até o final do ano

A Lenovo teve prejuízo líquido no período entre abril e junho, e receita estável em relação aos mesmos meses de 2016. Empresa conta com sucesso na América Latina para crescer no mercado móvel.
O novo Moto Z2 Force e o módulo (snap) 360.
O novo Moto Z2 Force e o módulo (snap) 360.

A Lenovo diulgou hoje, 18, os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de seu ano fiscal de 2017/2018, encerrado em junho. A companhia registrou receita estável, na comparação com o mesmo período um ano atrás. Faturou US$ 10 bilhões. O lucro bruto, no entanto, caiu 11%, para US$ 1,36 bilhão. O EBITDA foi negativo em US$ 69 milhões. O prejuízo líquido da companhia foi de US$ 54 milhões.

Apesar do resultado negativo, a empresa se diz otimista, especialmente no mercado de telefonia celular. A fabricante chinesa, dona da marca Motorola, viu a quantidade de smartphones vendidos saltar 56,4% na América Latina e 136,7% na Europa no trimestre.

Com isso, estima que ainda este ano a divisão mobile atinja ouponto de equilíbrio – isto é, deixará de dar prejuízo. A empresa perdeu US$ 129 milhões com celulares no trimestre. Um ano antes, o prejuízo da divisão foi de US$ 163 milhões.

A receita será impulsionada, diz, pelo sucesso de novos produtos lançados na Índia, e continuidade dos bons resultados na América Latina e na Europa. Os modelos que mais têm vendido nessas regiões foram Moto C, Moto E e Moto G. O Moto Z alcançou, ao final de junho, 12 milhões de unidades vendidas.

Unidades de negócio

Apesar da melhora de desempenho no mercado mobile, este ainda é uma fração da receita total da companhia chinesa. A receita da divisão no trimestre foi de US$ 1,74 bilhão.

O principal segmento continua a ser o de computadores. Este registrou vendas de US$ 7 bilhões, ante US$ 6,9 um ano antes. E um lucro operacional de US$ 291 milhões.

O terceiro segmento de atuação da Lenovo, o de equipamentos para data center, encolheu. Registrou receita de US$ 971 milhões, ante US$ 1 bilhão no mesmo período de 2016. E ficou com prejuízo operacional de US$ 114 milhões.

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Rafael Bucco

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