Lançamento de novo celular da Apple vai atrasar por causa do coronavírus
A Apple pode ter de atrasar o lançamento do novo modelo da linha iPhone SE em função do impacto do coronavírus sobre as fábricas na China. A fabricante terceiriza praticamente 100% de sua produção para montadoras do país asiático, que é o epicentro do surto de Covid-19, vírus causador de doença respiratória severa e é altamente contagioso.
A produção do novo modelo de iPhone SE deveria começar no final deste mês de fevereiro. Mas há indicações que as plantas só retomarão o ritmo pleno em março. Atualmente, as fábricas estariam operando com 30% a 50% de sua capacidade, em função das restrições de mobilidade impostas aos trabalhadores pelo governo chinês a fim de restringir a propagação do vírus.
A Apple não confirma o atraso de um novo modelo, mas admite falta de estoques mundo afora e demora na retomada da produção de seus celulares. Por isso, afirma que dificilmente alcançará as metas de receitas para o trimestre. A empresa divulgou nota na qual explica que o retorno dos trabalhadores às linhas de produção acontece em ritmo inferior ao esperado, em função do Covid-19, o que afetará o desempenho.
Além da fabricação, há impacto na demanda mundial, especialmente na China, um mercado gigante e atualmente mobilizado para conter a disseminação da doença. No país, todas as lojas oficiais da Apple, e boa parte das lojas de parceiros, estavam fechadas até a semana passada. Diz a empresa que elas serão reabertas aos poucos nas próximas semanas. No resto do mundo, embora estoques estejam encolhendo, a demanda pelos iPhones segue inalterada, afirma a companhia.
A confirmação por parte da Apple de que há atrasos na linha de produção e queda nas vendas no mercado chinês fez as ações de fornecedores caírem na Nasdaq. Broadcom, Qorvo, Skyworks vendem de 20% a 30% de seus chips para a empresa da maçã.
Também há reflexo de notícias de que o governo de Donald Trump, dos Estados Unidos, quer impor restrições à compra de equipamentos americanos de fabricação de semicondutores por parte da China. A intenção é fazer fabricantes que adquiram equipamentos americanos se comprometam a não vender os chips produzidor para a Huawei. (Com noticiário internacional)