Labriola diz que TIM Brasil é estratégica para a Telecom Italia
O CEO da TIM Brasil e gerente geral da TIM Italia, Pietro Labriola, disse hoje, 8, em coletiva de imprensa que os rumores a respeito da venda da operadora brasileira são mera especulação. Segundo ele, a empresa local é estratégica para os italianos e não existe nenhuma conversa para alterar os planos industriais do grupo.
O assunto surgiu na última semana, a partir do vazamento da informação de que o fundo norte-americano KKR, que já é parceiro da Telecom Itália em empresa de fibra óptica no país da bota, propôs comprar 100% da TIM Italia por valores US$ 12 bilhões.
“Deixo o conselho de administração da TIM Italia focar no que tem que fazer. Não vamos correr atrás dos rumores de mercado. Não temos que alimentar fofocas”, disse Labriola.
Ele ressaltou que a meta da TIM Brasil é ser considerada a melhor operadora móvel do país até 2023, e que há grandes eventos em curso, como a aquisição da Oi Móvel, que demonstram a importância para o controlador.
“O Plano estratégico do grupo TIM é ter a TIM Brasil como um dos pilares de desenvolvimento. Confirmamos o guidance para 2021, estamos trabalhando para confirmar guidance de médio prazo, estamos trabalhando para fechar o acordo da Oi. Temos um plano na Itália que tem no centro a TIM Brasil”, reiterou Labriola.
Reestruturação da TIM Italia
Ontem, 7, no fim do dia, o grupo italiano informou ao mercado a reestruturação corporativa da TIM Italia. Saíram do grupo o CTOO Nicola Grassi, e o CSO Carlo Nardello. O cargo de CTO foi então fundido com o de chefe de rede, operações e atacado, cargo que será ocupado por Stefano Siragusa. Já a área de estratégia terá como CSO Claudio Ongaro.
Labriola vai acumular ainda o cargo de Chief Consumer, Small & Medium Market Office. Massimo Mancini foi alçado a CMO. Foi criado ainda um cargo para estratégia de marca e comunicação, que será ocupado por Sandra Aitala.
As mudanças acontecem logo após a saída do antigo CEO do grupo, Luigi Gubitose, que renunciou na última semana diante da oferta do fundo KKR. A Telecom Italia também é pressionada pelo governo, que sinaliza com intervenção, pelo atual acionista majoritário Vivendi, e pelos sindicatos locais de trabalhadores, que ameaçam entrar em greve caso a venda seja realizada.