Kassab elege Internet para Todos como um dos maiores legados de sua gestão
O ministro Gilberto Kassab tem uma agenda cheia de compromissos pela frente, já que no início de abril deverá deixar o MCTIC. Entre eles, a assinatura de cerca de 2 mil convênios com prefeituras como parte do programa Internet para Todos. Após a assinatura do acordo com a Viasat em fevereiro, para operação dos serviços que serão gerados a partir do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), o tema se tornou uma das prioridades do ministério, incluindo os acordos com os ministérios da Defesa e da Educação.
“Nem somando toda a capacidade dos satélites privados ela não ultrapassa o SGDC”, disse Kassab durante sua participação no programa Roda Viva, na segunda feira à noite. Ele relembrou que o acordo com a Defesa vai permitir que seja intensificado o patrulhamento das fronteiras. Com o Ministério da Educação, Kassab ressaltou que até o final de 2020 todas as escolas públicas estarão equipadas com banda larga. “Os governos anteriores prometeram banda larga, nós vamos fazer isso”, garantiu. Segundo ele, serão 7 mil escolas este ano, 15 mil no próximo e 20 mil em 2020.
Uma das propostas de Kassab, conseguir articular um acordo com todos os ministérios para que o Plano Nacional de Internet das Coisas se torne um programa de governo, via decreto, ainda não está totalmente finalizada. Mas o ministro garante que haverá novidades sobre isso em breve, inclusive citando o BNDES com programas de financiamento nessa área. “Esse é um mercado que poderá gerar receitas de mais de R$ 200 bilhões ao país no futuro”, observou.
PLC 79
Kassab não esconde, entretanto, a decepção com outros resultados que, se conduzidos como desejava, poderiam consistir em um marco importante no mercado de telecomunicações. Entre essas decepções está a pouca atenção que o Senado deu ao PLC 79, que trata da atualização da Lei Geral de Telecomunicações. “O projeto foi aprovado no Congresso mesmo com algumas discordâncias que, na minha avaliação, poderiam ser corrigidas por vetos na sanção presidencial”, observou. Mas não teve o mesmo interesse no Senado onde sequer chegou a ser votado.
Ele ainda defendeu sua gestão à frente dos Correios que, segundo ele, “vinham de um estado caótico”. “Nós herdamos dívidas de US$ 2 bilhões e estamos recuperando e saneando a empresa”. Também defendeu a ex-secretária de outorgas da Secretaria Nacional de Radiodifusão, Vanda Nogueira, dos rumores de ter deixado o cargo por conta de denúncias de irregularidades. “Ela deixou o cargo apenas porque eu estou saindo”, salientou.