Juros do cartão caem, mas continuam acima de 400%
Os juros do cartão de crédito caíram para 412,5% ao ano em fevereiro deste ano, informou o Banco Central nesta terça-feira,2, caindo 6,8 pontos percentuais em relação a janeiro, quando registravam 419,3%. Mas ainda estão acima da taxa de dezembro de 2022, a menor taxa desde que foi instituído o acompanhamento pelo BC, em 2011.
Fevereiro foi o segundo mês de validade da decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), divulgada no fim do ano passado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que limita o valor total da dívida dos clientes no cartão de crédito rotativo. A medida começou a valer em 3 de janeiro.
A discussão sobre os juros do cartão de crédito rotativo tem gerado atrito entre os bancos e credenciadoras independentes, as chamadas maquininhas. Como pano de fundo das discussões, está o parcelado sem juros no cartão de crédito, questionado pelos bancos, mas defendido pela equipe econômica e pelas credenciadores independentes.
Crédito
O crédito ampliado a empresas atingiu R$5,6 trilhões (50,8% do PIB), aumentando 0,5% no mês, com elevação nos títulos de dívida (1,2%). Em relação a fevereiro de 2023, a expansão de 6,0% do crédito ampliado a empresas refletiu principalmente o aumento de 19,9% em títulos de dívida.
O crédito ampliado às famílias atingiu R$3,8 trilhões (35,0% do PIB) em fevereiro, com variações positivas de 0,6% no mês e de 10,1% em doze meses, em função do incremento nos empréstimos do sistema Financeiro Nacional (SFN), informa ainda o Banco Central.
O endividamento das famílias ficou em 48,0% em janeiro, alta de 0,2 p.p. na comparação com o mês anterior e queda de 0,9 p.p. em doze meses. O comprometimento de renda atingiu 25,8% em janeiro, revelando alta de 0,1 p.p. no mês e queda de 1,6 p.p. em 12 meses.