ISPs não querem a banda do satélite no leilão da 5G

Segundo Alex Jucius, os ISPs têm pressa em instalar as redes 5G no interior do país.

As entidades representativas das operadoras competitivas e dos ISPs – provedores regionais de internet – defenderam hoje, 10, durante a audiência pública  da Câmara dos Deputados, que a Anatel destine para os lotes regionais da frequência de 3,5 GHz  a fatia do espectro mais baixo, e não aquela que terá que ser limpa com a desocupação dos canais de TV por parabólica (TVRO)

Serão comercializados 400 MHz dessa frequência, que vai de 3.300 MHz a 3.700 MHz. E serão divididos em quatro blocos nacionais de 80 MHz e oito blocos regionais de 80 MHz.

As empresas menores reivindicam que a Anatel destine para esses blocos regionais as primeiras faixas desse espectro, e não o bloco mais alto, conhecido como banda C estendida, que vai do 3.625 MHz a 3.700 MHz.

A limpeza dessa faixa demandará mais tempo e pode  ocorrer o risco de judicialização, se os atuais donos desse espectro, que são os operadores de satélite, não ficarem satisfeitos com o preço que a Anatel vai estipular para essa realocação.

Alex Jucius, presidente da Associação Neo, disse que os operadores regionais que vão participar do leilão pretendem construir as redes 5G o mais rápido possível e por isso reivindicam o espectro que esteja mais limpo.

Ele observou que os ISPs já provaram na banda larga fixa que podem fazer a expansão dos serviços rapidamente. “O osso deles é o nosso filé”, falou em trocadilho com às normas do “filé com osso” que são estabelecidas para as grandes operadoras.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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