Investimentos globais em insurtechs crescem 38%
Os investimentos globais em insurtechs, as startups do setor de seguros, chegaram a US$ 10,1 bilhões em 2021, alta de 38% em relação a 2020, conforme pesquisa Insurtech Global Outlook 2022 realizada pela NTT Data Corporation, empresa japonesa de consultoria e serviços de tecnologia da informação e negócios.
De acordo com o relatório, o setor de seguros passa por um processo de ascensão e consolidação globalmente. No ano passado, o valor das operações de investimentos nesse segmento cresceu e alcançou US$ 41 milhões, considerada a maior média histórica por transação. O resultado deveu-se muito ao avanço da vacinação e reaquecimento da economia.
Em relação às tecnologias, o destaque é a internet das coisas (IoT), com cerca de 61% das seguradoras usando a IoT para viabilizar novas oportunidades de negócios e incorporar novos conjuntos de dados para melhorar a avaliação e prevenção de riscos, além de monitorar o comportamento do cliente. Outras tendências apontadas no estudo são a inteligência artificial e tecnologias para análises preditivas.
O número de empresas que receberam mais de US$ 100 milhões em financiamento quintuplicou desde 2017. Os EUA, de acordo com o levantamento, continuam como a região com o maior volume de investimento acumulado, incluindo cinco “mega acordos” no período.
Alejandro Morán Marco, sócio e head de Seguros para as Américas da NTT Data Europe & Latam, destaca que as Insurtechs são parte fundamental da evolevolução do ecossistema de seguros, por isso é importante entender quais são as principais tendências do futuro e avaliar o impacto do uso de tecnologias, tais como big data, inteligência artificial e IoT em novos e tradicionais players.
Fundos de Venture Capital
Com relação aos investimentos exclusivamente dos fundos de venture capital, as startups de tecnologia ligadas aos setores financeiros e de seguros (Fintechs e Insurtechs) receberam 28% dos aportes realizados no último trimestre do ano passado. Já as startups de varejo (Retailtechs) receberam 20% no mesmo período e as de saúde (Healthtechs), 8%, segundo pesquisa da KPMG em parceria com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap).
(Com Febraban e assessoria)