“Investimento em infraestrutura de banda larga será o centro da política pública do MCTIC”, diz André Borges

Há no Brasil, ainda, quase 60% de cidades sem acesso a um backhaul de fibra óptica. Secretário participou da cerimônia de lançamento da sétima edição do Anuário Tele.Síntese de Inovação.

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O secretário de telecomunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, André Borges, afirmou que a pasta publicará, nas próximas semanas, a consulta pública sobre o novo programa de universalização das telecomunicações no Brasil.

Segundo ele, o plano vai mirar a conectividade de áreas pouco atendidas. “Vamos rever os objetivos das políticas de conectividade e colocar o investimento em infraestrutura de banda larga de qualidade no centro da política pública. Outra questão crucial será promover a inclusão digital, levando conectividade onde ela não existe”, afirmou.

O executivo discursou na noite de ontem, 25, na cerimônia de lançamento do Anuário Tele.Síntese de Inovação 2017, editado pela Momento Editorial. O evento aconteceu na Unibes Cultural, em São Paulo, com apoio institucional do NIC.br.

Borges representou o ministro Gilberto Kassab, que foi chamado pelo presidente Michel Temer para uma reunião de última hora.

Muito a fazer

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Miriam Aquino, diretora da Momento Editorial, lembrou durante a cerimônia que o governo tem muito a fazer para garantir a evolução da internet no Brasil. A executiva destacou que o país vem de uma forte crise, com encolhimento do produto interno bruto por dois anos consecutivos. Condição que exige criatividade por parte das empresas e do governo para dar uma guinada.

Além do desafio econômico, há o desafio específico do setor de telecomunicações. “Alcançar os 2% da população que não têm acesso à rede 3G significa chegar em mais de 500 municípios ainda sem a cobertura. Ampliar a velocidade e a cobertura da banda larga fixa e alcançar os quase 60% dos municípios brasileiros que não têm sequer o backhaul com fibra óptica é também uma necessidade do país, para diminuir a iniquidade social”, falou.

Por fim, será preciso adequar a Lei de Informática, condenada recentemente pela Organização Mundial do Comércio depois de quase 25 anos vigência, e a atualizar as leis que incidem sobre o setor de telecomunicações.

Prefeitura de São Paulo

Também presente ao evento, o secretário de tecnologia da cidade de São Paulo, Daniel Annenberg, falou do esforço da prefeitura em modernizar estruturas. “Criamos uma secretaria que ainda não existia. Vamos expandir fortemente a políticas de WiFi público para toda São Paulo, e estamos promovendo a digitalização da prefeitura”, falou.

Segundo ele, 2017 é um ano de arrumação. Disse também que dinheiro novo chegará à capital paulista em 2018. “Ano que vem vamos iniciar uma série de novas políticas e lançar os editais [sobre novos programas públicos e parcerias público privadas]”, afirmou.

Durante a cerimônia de lançamento do Anuário Tele.Síntese de Inovação 2017 foram reveladas as empresas vencedoras do troféu de mesmo nome. A premiação reconhece a inovação no setor, em diferentes áreas, feita ao longo do último ano. A lista completa você pode ver aqui.

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Da Redação

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