Inteligência Artificial vai criar novos valores sociais, prevê CEO da NEC

Em poucos anos, os robôs estarão ocupando milhares de postos de trabalho, prevê o presidente da NEC Takashi Niino
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Takashi Niino, presidente e CEO da NEC Corporation

Tokyo – Com a certeza de que as tecnologias de biometria trazem mais benefícios para a sociedade do que os riscos que a super vigilância pode provocar na individualidade, o CEO da NEC Corporation, Takashi Niino, alerta que, nos próximos 50 anos, a Inteligência Artificial (IA) irá mudar radicalmente todas as sociedades.

Antes disso, em 2020, assinalou, a população mundial terá 8,5 bilhões de pessoas, das quis 5 bilhões morando em cidades e 1,8 bilhão viajando pelo mundo todos os anos. “O movimento das pessoas e das cidades irá aumentar, e precisamos garantir segurança nos aeroportos, nas ruas e nos locais de grandes eventos”, afirmou o executivo, no iExpo 2017, que se realiza em Tokyo, sede da empresa.

Para Niino, sem as alternativas tecnológicas que estão sendo criadas pela indústria de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) o mundo passaria, nos próximos anos, por grandes dificuldades, com o aumento da escassez dos recursos humanos e naturais.

No caso do Japão, por exemplo, o principal desafio do futuro é que, em 2030, a população terá diminuído de 126 milhões de pessoas para 110 milhões, sendo que haverá um idoso para cada 3 habitantes. “Não podemos contar apenas com as ações de governo e organizações, mas também as empresas precisam encontrar soluções para a sociedade”, afirmou o executivo.

Em sua avaliação, sete são as áreas fortemente afetadas nos próximos anos, que precisam de soluções das TICs- a sustentabilidade do planeta, a qualidade de vida, o estilo de trabalho, a segurança das cidades e dos serviços públicos, a infraestrutura de transportes, as comunicações e o ecossistema industrial.

No caso da mudanças de estilo de trabalho, por exemplo, Niino aponta que os robôs irão substituir milhares de postos de trabalhos atuais, o que se por um lado é bom, pois libera o homem para novas funções, poderá gerar problemas sociais, se as sociedades não começarem desde já a se preocupar com a qualificação dessas novas gerações. “As demandas vem do mundo real para o mundo virtual, e com a IA precisamos criar valores sociais”, afirmou.

A jornalista viajou a convite da NEC Corporation.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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