Inteligência Artificial pode ser “leve”: SAS atualiza proposta para a tecnologia
A inteligência artificial generativa é pesada, exige muito poder computacional para rodar modelos de linguagem com eficiência e entregar respostas adequadas. Por isso mesmo, vem movimentando a indústria de chips. Mas para o SAS, tornar a tecnologia mais leve, e barata, a fim de torná-la acessível a empresas de todos os portes depende também dos desenvolvedores de software. Por isso mesmo, anunciou hoje, 17, em evento para analistas e imprensa em Las Vegas, uma abordagem mais “leve”, com o lançamento de modelos com finalidade específica.
A ideia é vender a IA em módulos, que chegarão ao mercado até o final do ano. Assim, o cérebro digital trabalha apenas com o que precisa para uma tarefa bem delineada. Outras empresas têm propostas semelhantes, e com o anúncio desta quarta-feira, o SAS avisa que está se municiando para disputar o crescente mercado da inteligência artificial que se nutrem de bases de dados proprietárias. O instituto é tradicional no desenvolvimento de ferramentas de análise de dados.
Segundo o SAS, o modelo “lightweight” tem vantagens na implantação e treinamento – são mais rápidos na integração e têm custo de manutenção e uso mais racional. Mas como são específicos, não servem a qualquer indústria.
Inicialmente, a indicação é que sejam utilizados na detecção e prevenção de fraudes, na otimização da cadeira de suprimentos, na gestão de entidades, em conversão de documentos ou na integridade de pagamentos na área de saúde. Outras portas devem ser inauguradas ao longo do tempo.
Estes modelos de IA setoriais são parte já dos resultados do investimento de US$ 1 bilhão anunciado em 2023 para desenvolvimento da tecnologia. “Os modelos do SAS oferecem inteligência artificial acessível, oportuna e flexível aos negócios, alinhando-se aos desafios dos setores”, diz Udo Sglavo, vice-presidente de IA e Analytics do SAS.