Intel produzirá chips 5G otimizados para a infraestrutura da Ericsson

Acordo prevê que componentes do tipo sistema em chip (SoC) sejam fabricados com a tecnologia 18A, capaz de produzir semicondutores de 1,8 nanômetro
Ericsson e Intel fecham acordo de fornecimento de chips 5G avançados
Intel e Ericsson fecham acordo por chips otimizados para a infraestrutura 5G (crédito: Freepik)

A Ericsson e a Intel anunciaram, nesta quarta-feira, 26, uma parceria em torno do fornecimento de chips 5G. Na prática, o acordo prevê que a Intel produza componentes otimizados para a infraestrutura da fabricante sueca, utilizando o procedimento estabelecido como 18A, que deve ser posto em prática somente na segunda metade de 2024.

Em linhas gerais, a Intel deve criar um sistema em chip (System-on-a-chip, ou SoC) – tipo de chip que integra diversos processadores em um mesmo circuito integrado – para a Ericsson.

Segundo a Intel, a tecnologia 18A é a mais avançada em termos de produção de chips. O procedimento deve viabilizar a fabricação de componentes de 1,8 nanômetro.

Em comunicado, a Ericsson destacou que, à medida que as implantações de 5G prosseguem, o futuro depende de redes totalmente programáveis e abertas definidas por software. Além disso, nos últimos períodos, apesar de contratempos financeiros, a fabricante sueca de equipamentos de telecomunicações tem reafirmado a confiança nos negócios que envolvem a quinta geração móvel.

“A Ericsson tem uma longa história de estreita colaboração com a Intel e temos o prazer de expandir ainda mais, pois utilizamos a Intel para fabricar nossos futuros SoCs 5G personalizados em seu processo 18A, que está alinhado com a estratégia de longo prazo da Ericsson para uma cadeia de suprimentos resiliente e sustentável”, diz Fredrik Jejdling, vice-presidente executivo e chefe de Redes da Ericsson, em nota.

A Intel, por sua vez, tem se dedicado cada vez mais a produzir chips para terceiros. Recentemente, a empresa norte-americana fechou um acordo para instalar uma fábrica de semicondutores na Alemanha. A planta industrial deve entrar em funcionamento daqui a quatro ou cinco anos.

No caso da parceria com a Ericsson, os chips fornecidos devem ser “de próxima geração otimizada para a infraestrutura 5G”, indicou Sachin Katti, vice-presidente sênior e gerente geral de Redes e Borda do Grupo Intel.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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