Intel compra empresa de tecnologia para carros autônomos
A fabricante de chips Intel anunciou nesta segunda-feira, 13, nos Estados Unidos, a compra da Mobileye, desenvolvedora israelense de soluções para carros autônomos, por US$ 15,3 bilhões. Segundo as empresas, os negócios são complementares na medida em que a Intel pretende fornecer mais além de chips para a indústria automobilística.
A intenção é vender pacotes de soluções para carros conectados à nuvem, integrando visão computadorizada, aprendizagem de máquina, sistemas de assistência de pilotagem, análise de dados.
A Mobileye desenvolveu um sistema que reúne chip, câmeras e software capaz de reconhecer detalhes do ambiente em que o carro está. Tem, também, um chip próprio, instalado já em 16 milhões de veículos, e contratos com as principais fabricantes de carros – como GM, Honda, Volskwagen, BMW, Audi, Ford, Volvo, Kia, Hyundai e Renault. No ano que vem, vai lançar sua própria plataforma de mapeamento colaborativo.
Em comunicado, a Intel afirma que o negócio é uma aposta no futuro que a colocará em posição de liderança no mercado de carros autônomos. Segundo suas estimativas, este mercado vai movimentar US$ 70 bilhões no ano de 2030. A compra também é parte da estratégia da empresa de ampliar os investimentos em busca de oportunidades no mercado de dados intensivos. A Intel busca s posicionar como fabricante mais capacitada a fornecer serviços de computação e conectividade em nuvem.
O movimento da Intel é visto como lógico para a companhia no mercado. O analista Michael Ramsey, da consultoria Gartner, explica que a aquisição faz a empresa sair do nada no segmento automobilístico e se tornar um dos mais importantes concorrentes de computação embarcada em carros.
“A Mobileye estava desenvolvendo o cérebro dos carros autônomos e um chip próprio. Sua tecnologia-chave é um system on chip que reconhece a pista, carros, pedestres, placas. Com a compra, a Intel passa a ter a fabricante de chips que cresce mais rapidamente e está no centro de uma revolução tecnológica”, diz.
O negócio tem previsão de ser concluído em nove meses.