Insurtechs brasileiras captam US$ 554 milhões em seis anos

Segundo o Distrito, o Brasil detém o maior número de empresas do segmento na região, com 57,2% das 250 em toda América Latina identificadas.
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Crédito: Freepik

As insurtechs brasileiras, startups do segmento de seguros,  receberam levantaram US$ 553,8 milhões desde 2018, informa o relatório InsurTech Report 2024, do Distrito. Na América Latina, o total captado foi de  US$ 667 milhões de 2018 até este ano. O relatório ainda aponta as maiores tendências para o setor, como o uso da Inteligência Artificial e a crescente necessidade de proteção para eventos cibernéticos. As empresas do segmento no Brasil concentram grande parte dos aportes e do número de rodadas.

O Brasil detém também o maior número de empresas do segmento na região, com 57,2% das 250 em toda América Latina identificadas pelo Distrito. México, com 18,4%, e Argentina, com 9,2%, vêm logo em seguida.

A startup brasileira Alice, que atua no segmento de saúde, foi a que recebeu o maior aporte em uma rodada: US$ 127 milhões numa Series C em 2021. Além de ter o maior deal, a Alice aparece também na quinta posição entre as Top 10 com a Series B de US$ 33,3 milhões em 2021. Na lista das dez maiores rodadas, oito são brasileiras, uma chilena e uma mexicana. Para os relatórios setoriais do Distrito são considerados os setores expandidos, de forma que apesar da Alice ser do setor HealthTech como principal ela também entra no InsurTech como setor secundário.

Atuação em nichos

A maioria das InsurTechs, 60,82%, atuam em mais de um nicho de produtos de seguros. O restante delas está presente em nichos específicos, como seguro de automóveis, saúde e vida. Na classificação dentro de categorias e subcategorias, a categoria de “oferta e atendimento” é a mais representativa com 52,4% do total das 250 InsurTechs da América Latina. Já a categoria “plataformas de inteligência de dados e risco” representa 30%.

“Embora o mercado de seguros seja gigantesco, representando 6,5% do PIB brasileiro, ainda existe muito espaço para crescer, sobretudo nos nichos, onde já atuam a maior parte das InsurTechs da região, porque uma parcela expressiva da população não possui seguros contratados”, explica Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito. “No universo do seguro, podemos ver bem como a inovação é importante para criar produtos acessíveis”.

 

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Redação DMI

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