Infraco: Oi confirma inicio de tratativas exclusivas com fundo gerido pelo BTG
A Oi acaba de confirmar que entrou em negociação exclusiva até 6 de março com fundos do BTG Pactual a respeito da venda de 51% das ações com direito a voto da Infraco, sua unidade de infraestrutura de fibra óptica e rede neutra. Como antecipado pelo Tele.Síntese, a Globenet, operadora de atacado internacional controlada pelo banco, passou a fazer parte das negociações.
Conforme fato relevante divulgado pela Oi, “Globenet Cabos Submarinos S.A., BTG Pactual Economia Real Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia e outros fundos de investimento geridos ou controlados por sociedades integrantes do Grupo BTG” celebraram o acordo de exclusividade.
O acordo visa garantir segurança e celeridade às tratativas em curso entre as partes e permitir que, caso sejam satisfatoriamente finalizadas as negociações de condições e documentos entre as partes, a Oi tenha condições de garantir às proponentes o direito de cobrir outras propostas recebidas no processo competitivo de alienação da UPI InfraCo.
O prazo de vigência do acordo será prorrogado por mais 30 dias, automaticamente, salvo manifestação em contrário de alguma das partes.
Em busca do stalking horse
Vale lembrar que no processo de recuperação judicial da Oi já houve acordos de exclusividade que não resultaram na venda ao interessado. Foi o que aconteceu com a Highline, que propôs comprar a Oi Móvel. Ao fim do período de negociação, o consórcio formado por TIM, Vivo e Claro apresentou nova oferta, se tornou concorrente preferencial e arrematou o ativo.
Uma fonte com conhecimento da negociação atual entre BTG e Oi diz, no entanto, que isso não deve acontecer neste caso devido ao forte interesse manifestado. “Apresentaram um grande detalhamento e fizeram uma longa due dilligence, indicativo que estão empenhados e querem se tornar o stalking horse”, diz o executivo.
Ao longo da recuperação judicial, todos os interessados em ativos que se tornaram compradores preferenciais (stalking horse) arremataram os ativos desejados. Foi assim com o Piemonte, que ficou com os data centers, com a Highline, que adquiriu as torres, e com o consórcio de operadoras, que comprou os ativos da Oi Móvel.