Inflação na indústria cresce 0,56% em fevereiro

Os destaques na indústria ficaram com o segmento extrativo (8,34%), refino de petróleo e biocombustíveis (1,70%) e alimentos (0,70%).
Inflação na indústria cresce 0,56% em fevereiro - Crédito: Freepik
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O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação de preços de produtos na indústria, registrou inflação de 0,56% em fevereiro deste ano. A taxa é inferior às observadas no mês anterior (1,20%) e em fevereiro de 2021 (5,16%).O indicador acumula taxas de 1,77% no ano e de 20,05% em 12 meses.

Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta quarta-feira, 30, pelo IBGE.

Os preços subiram em 15 das 24 atividades industriais pesquisadas. Os destaques ficaram com as indústrias extrativas (8,34%), refino de petróleo e biocombustíveis (1,70%) e alimentos (0,70%).

Por outro lado, nove atividades tiveram deflação (queda de preços), entre elas metalurgia (-2,55%).

De acordo com o analista da pesquisa, Murilo Lemos Alvim, o resultado desacelerou em relação a janeiro, mas o indicador de dezembro foi inferior ao registrado em fevereiro, o que mostra que não se pode afirmar que é uma tendência de queda. Ele explica que parte da desaceleração de fevereiro está relacionada ao câmbio.

“O resultado de fevereiro tem ligação com a variação cambial, pois o mês registrou a maior queda do dólar em 20 meses. A moeda norte-americana caiu cerca de 6%. Há diversos produtos exportáveis e isso se reflete no preço que será recebido pelo produtor em real; se o dólar cai ele vai receber menos. Há ainda vários setores que dependem de insumos importados, com o dólar mais baixo o preço desses insumos ficará mais baixo”, reflete Alvim.

Analisando-se as quatro grandes categorias econômicas da indústria, houve alta de preços em todas elas: bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (0,64%), bens intermediários, isto é, insumos industrializados usados no setor produtivo (0,50%), bens de consumo semi e não duráveis (0,75%) e bens de consumo duráveis (0,15%).

(com Agência IBGE)

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Redação DMI

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