Indra inaugura no Brasil divisão focada em transformação digital
A companhia espanhola Indra, fornecedora de serviços de tecnologias da informação, está ampliando seu escopo de trabalho no Brasil. O grupo inaugurou oficialmente neste ano a Minsait, divisão de consultoria, desenho de soluções em experiência do consumidor e implantação de sistemas de transformação digital.
O país é o segundo da América Latina a receber a nova divisão do grupo, que já nasce por aqui com equipe de 300 pessoas. Antes, apenas o México na região tinha a unidade. No mundo, Espanha e Itália também contam com operação da Minsait.
Conforme Silviano Andreu, vice-presidente da Minsait global, a unidade alcança participação de até 15% dos resultados com TI da Indra. Para o Brasil, a meta é contribuir para que a receita dobre nos próximos três anos.
No mundo, a Indra faturou € 3 bilhões em 2017 e tinha um backlog de outros € 3,6 bilhões. Apenas a divisão Minsait, que tem dois anos de existência, gerou € 314 milhões.
Novo quadro
Para desenvolver o negócio, a Indra chamou Wander Cunha. Até o final de 2017 ele era o diretor executivo da Stefanini Business Consulting. Há dois meses, assumiu como diretor da Minsait no país. O executivo é especializado em consultoria. Nos últimos 14 anos trabalhou com exclusividade no atendimento ao setor de telecomunicações.
Segundo Cunha, o setor será uma das verticais que a Minsait espera atender no Brasil. “Temos acordo com a Telefônica Vivo, e estamos conversando com todas as operadoras”, conta.
Silviano Andreu acrescenta que a Minsait também pretende fazer a transformação digital de empresas do setor financeiro, de governo e do varejo no Brasil.
“O que a Minsait consegue entregar é a transformação digital completa, com camadas de inteligência. Já nasce aqui com uma dezena de grandes clientes, e queremos ainda chegar a novos, no middle market”, conta.
Mercado há de sobra, garante. O executivo diz que projetos de transformação digital vão movimentar US$ 6,3 trilhões no mundo, citando estimativa elaborada pela empresa de pesquisa de mercado IDC. E no Brasil há oportunidade de sobra com a “retomada da economia e ganhos de eficiência para tornar o relacionamento com o consumidor mais digital”.