“ICMS é pago pelo consumidor. Claro vai repassar a queda da alíquota”, afirma José Félix

Segundo José Félix, presidente da operadora, com a queda nas tarifas finais dos serviços, devido à redução da alíquota do ICMS em São Paulo, os consumidores poderão consumir serviços digitais mais sofisticados.
O presidente da Claro, José Félix, prevê aumento de consumo de serviços digitais.Credito: Painel Telebrasil Summit 2022

A Claro está se preparando para repassar para o consumidor toda a queda do ICMS que foi aplicada ontem, 27, pelo governo de São Paulo, devido a nova lei que transformou os serviços de telecomunicações em essenciais, com alíquota máxima de imposto de 18%. Segundo seu presidente, Jose Félix, “O ICMS é um imposto, e é pago pelo consumidor. Portanto, se tenho redução do imposto, tenho que repassá-la”, afirmou o executivo no Congresso Painel Telebrasil 2022.

Para ele, com a redução no preço final das contas dos serviços de telecomunicações, o consumidor poderá adquirir serviços digitais  mais sofisticados. Mas  disse que a decisão ainda está confusa e, por isso,  não sabe com certeza quando a medida poderá ser iniciada. “Os sistemas legados de telecom são muito poderosos em relação à segurança, e, por isso, com uma complexidade grande para serem alterados”, explicou.

Pronta para o 5G

O presidente da Claro afirmou ainda que a operadora está pronta para o  5G e que a tecnologia com a  frequência dedicada ( de 3,5 GHz)  chega em breve em Brasília.  Mas observou que, no início, não será conhecido todo o potencial da tecnologia, pois  não existem no mercado as aplicações para intensificar o seu uso.

” O 5G traz mais throughput,  mais velocidade e mais qualidade, mas para algumas aplicações como acesso a web, ou streaming de vídeo e  áudio, o que se tem hoje já se performa de acordo. O usuário terá mais rapidez nos downloads “, explicou. ” O segundo tripé do 5G será a capacidade de fazer muitas conexões simultaneamente, dando margem a um novo mundo. Mas isso ainda não existe de fato”, completou.

Franquia

Ele disse ainda que a velocidade de download é maior, mas o consumo de dados é o mesmo. “Se a gente consome hoje 5 giga em 4G, vamos consumir os mesmos 5 giga em 5G, só que mais rápido”, afirmou. Ele entende que, por isso, o modelo de franquia de dados adotado na telefonia celular deverá permanecer, podendo ocorrer, no máximo, uma aumento de franquia por conta da maior eficiência do sistema.

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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