IBGE aponta queda no comércio de 0,8% em julho

No acumulado de 2022, o varejo registra variação de 0,4%. Já nos últimos 12 meses, o setor acumula queda de 1,8%, segundo o IBGE.
IBGE aponta queda no comércio de 0,8% em julho - Crédito: Freepik
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O volume de vendas do comércio varejista no país recuou 0,8% em julho, na comparação com junho, apresentando o terceiro mês consecutivo de taxa negativa. No acumulado de 2022, o varejo registra variação de 0,4%. Já nos últimos 12 meses, o setor acumula queda de 1,8%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em julho caiu 0,7% frente a junho e 6,8% contra julho de 2021.

De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a terceira queda seguida após meses de alta demonstra a retomada da trajetória irregular detectada desde o período mais grave da pandemia.

“O setor repete a trajetória que vem acontecendo desde março de 2020, com alta volatilidade”, explica. O mês de abril foi o último com crescimento. Desde então, maio, junho e julho acumulam recuo de 2,7%. Por conta desses resultados, o setor se encontra praticamente do mesmo nível do período pré-pandemia, fevereiro de 2020, com variação de 0,5%. “Esse patamar já esteve muito mais alto. Em julho de 2021, apresentou 5,3% acima de fevereiro de 2020”, relembra Santos.

Entretanto, nesta comparação com o nível pré-pandemia, o comércio varejista mostra desigualdades em termos setoriais. Há atividades muito acima, caso de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (20,7%), combustíveis e lubrificantes (11,3%), material de construção (2,3%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,2%). Já outras estão em patamar muito abaixo, caso de livros, jornais, revistas e papelaria (-37,2%), com uma trajetória de perda muito por conta da própria lógica contemporânea do mercado, além de tecidos, vestuário e calçados (-25,6%), Móveis e eletrodomésticos (-18,4%) e veículos e motos, partes e peças (-12,4%).

Comparação interanual

A pesquisa do IBGE também mostra que, na comparação com julho de 2021, o comércio varejista caiu 5,2%. As taxas negativas apareceram em sete das 10 atividades catalogadas (contando o comércio varejista ampliado).

No comércio varejista ampliado, ambos setores caíram: veículos e motos, partes e peças e material de construção, com recuos de 8,5% e 13,7%, respectivamente.

Na passagem de junho para julho, 20 unidades da federação (UFs) tiveram queda, com destaque para Bahia (-3,1%), Rio de Janeiro (-3,1%) e Maranhão (-2,8%). Por outro lado, das sete UFs que apresentaram taxas positivas, destaca-se Mato Grosso (3,5%), Paraná (1,7%) e Amapá (1,5%).

Já no confronto com julho de 2021, também houve queda em 20 das 27 UFs, com destaque para: Rondônia (-24,1%), Tocantins (-11,4%) e Acre (-11,3%), enquanto, no lado das altas, ressalta-se a influência de Roraima (10,1%), Alagoas (5,8%) e Ceará (2,5%).

(com Agência IBGE)

 

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Redação DMI

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