IA está presente em 17% das indústrias de médio e grande porte, diz IBGE
Entre as indústrias de médio e grande porte no país que utilizam alguma tecnologia digital avançada, apenas 17% adotam solução de inteligência artificial. Os dados são do módulo temático de Tecnologias Digitais Avançadas, Teletrabalho e Cibersegurança, da Pesquisa de Inovação (PINTEC) Semestral 2022 , divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 28.
A análise considerou indústrias que contam com, no mínimo, 100 funcionários ou colaboradores – um universo de 9.586 empresas. Entre elas, 84,9% utilizavam alguma ferramenta avançada, o que corresponde a 8.134 instituições.
De acordo com a pesquisa, o serviço mais comum em 2022 foi a computação em nuvem, utilizada por 73,6% das indústrias. As demais tecnologias investigadas foram: internet das coisas (48,6%), robótica (27,7%), análise de big data (23,4%) e manufatura aditiva (19,2%). A IA foi a opção com menos adeptos entre as analisadas.
Os setores que mais utilizaram as tecnologias digitais avançadas foram: Fabricação de máquinas e equipamentos (94,5%), Indústrias extrativas (92,2%), Fabricação de produtos diversos (92,0%) Fabricação de produtos de metal (91,9%) e Fabricação de bebidas (91,6%).
Já os setores que menos aderiram foram: Fabricação de outros equipamentos de transporte (68,2%), Confecção de artigos do vestuário e acessórios (71,6%) e Fabricação de produtos de madeira (72,2%).
Nas indústrias que utilizaram inteligência artificial, as funções mais adeptas foram administração (73,8%), desenvolvimento de projetos de produtos, processos e serviços (73,8%) e comercialização (65,1%), seguidas pelas áreas de produção (56,4%) e logística (48,4%).
Já para a computação em nuvem, o uso foi igual ou superior a 70% em todas as funções de negócios das empresas que declararam ter utilizado a tecnologia.
Ainda de acordo com a pesquisa, 82,5% das indústrias estabeleceram pelo menos uma medida de segurança da informação digital. O uso mais frequente foi o de antivírus (98,1%) contra malware e phishing. Em seguida, vieram o controle de acesso à rede (96,8%), a atualização de software (95,0%) e o backup de dados em dispositivo (93,5%).
O levantamento foi realizado em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), investigou as empresas de médio e grande portes das indústrias de transformação e extrativas.
Com informações do IBGE.*