Huawei: parceria entre conectividade e IA para o futuro da educação

Ricardo Mansano, da Huawei Brasil, mostrou como a China usa IA e tecnologias digitais para aperfeiçoar o ensino em sala de aula

A integração entre conectividade e IA promete ser uma solução para os desafios crescentes na educação, que enfrenta desde a falta de infraestrutura básica até métodos de ensino que não acompanham as transformações tecnológicas globais. Em muitas regiões e escolas, as disparidades na infraestrutura continuam a impedir o funcionamento adequado dos sistemas de ensino, o que agrava a desigualdade no acesso à informação.

À medida que o mundo se move em direção a um modelo mais acessível e interativo, o método de ensino centrado no professor, com o uso predominante de livros didáticos, começa a ser reforçado por conteúdos digitais. No entanto, essa transição ainda carrega traços do pensamento tradicional, o que torna a experiência educacional menos atraente e eficiente para os alunos de hoje.

Huawei: parceria entre conectividade e IA para o futuro da educação
Ricardo Mansano | CTO de Governo para Transformação Digital da Huawei Brasil

Essa é a visão de Ricardo Mansano, CTO de Governo para Transformação Digital da Huawei Brasil que falou sobre o assunto nesta quinta-feira, 22 de agosto, primeiro dia da 3ª Edição do Ed Techs e as Escolas Públicas, evento promovido pelo Tele.Síntese.

Projetos de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na educação promovidos em diversos países destacam a necessidade urgente de uma educação mais inteligente e adaptada às demandas modernas. “A conectividade online, essencial para garantir o acesso a recursos educacionais em qualquer parte do campus escolar, é vista como um dos pilares dessa transformação”, afirmou Mansano.

Projeto de educação digital na China

A China é um exemplo de país que passou por um projeto de transformação digital na educação. Foram 10 anos de trabalho. Segundo Mansano, tudo começou com o projeto “3 conexões”: primeiro a conectividade para as escolas, depois para professores e por fim, para as classes. Além disso, criaram duas plataformas, a de recursos educacionais e a de gestão escolar.

Esse projeto foi seguido à risca pelos governantes chineses e acompanhado por anos pelo governo até chegar no patamar que o país está. “Até 2021, 99% das escolas tinham conectividade de alto padrão. Em torno de 10 GB por município e 1 GB para cada escola. Praticamente todas as escolas na China possuem laboratório multimídia integrado a sala de aula. É um projeto a longo prazo e requer planejamento e execução pensando no futuro”, disse.

Além disso, a aplicação de IA na personalização do ensino surge como uma inovação promissora, especialmente em países como a China, onde essa tecnologia já é utilizada para ajudar alunos com dificuldades específicas, baseando-se em provas e acessos individualizados.

Ao acompanhar o progresso de cada estudante, a IA pode direcionar o conteúdo de acordo com as necessidades pessoais, permitindo uma experiência de aprendizado mais eficaz e adaptativa. “A escola do futuro precisará concentrar seus esforços nesses pilares, garantindo que a educação não apenas acompanhe, mas também potencialize as mudanças tecnológicas e sociais do século XXI”, previu.

Objetivos futuros para o Brasil

O Brasil ainda tem uma visão mais tradicional da educação, porém é um modelo que tem ficado defasado com o avanço da tecnologia. O CTO mostrou como a conectividade em parceria com a IA pode melhorar a qualidade da educação de um país como o Brasil, por exemplo.

A conectividade na educação pode revolucionar o modelo atual de educação. Os livros podem ganhar o reforço de recursos de redes massivas, salas de aula tradicionais podem ser salas de aula em qualquer lugar e a qualquer momento. Além disso, laboratórios simples, podem se tornar uma experiência online (sem custo de manutenção). Tudo isso pode ser proporcionado pela conectividade em parceria com IA em escolas brasileiras.

“A expectativa é que no futuro tenhamos muito mais recursos de rede massiva onde a gente consiga compartilhar e receber informações, com uma troca entre alunos de diversas escolas. Além disso, um laboratório de química ou física pode fazer experiências de forma mais didática e atrativa para o ensino. Para tudo isso acontecer, precisamos da conectividade”, afirmou.

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Gabriel Gameiro

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