Huawei já investiu R$ 250 mi em P&D no Brasil

Conforme Sun Baocheng, CEO da Huawei no Brasil, a empresa recolheu no ano passado R$ 1,6 bilhão em impostos.

Logo da Huawei em fachada de edifício (crédito: Divulgação)

Barcelona – A Huawei comemora em 2023 um quarto de século de presença no Brasil. Para celebrar os 25 anos, que prometem se  prolongar por pelo menos outros 50 anos, disse seu presidente, Sun Baocheng, a empresa fez um balanço de alguns resultados dessa atuação, durante o Mobile World Congress (MWC) 2023. Entre eles, os investimentos já feitos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no país.

Segundo Baocheng, somente no ano passado a empresa (que tem forte presença nas redes das grandes operadoras e também nas redes dos milhares de ISPs presentes em todo o Brasil) recolheu R$ 1,6 bilhão em impostos. Nos últimos 10 anos, desde que a Huawei iniciou a sua produção local e passou a contar com os incentivos fiscais da Lei de Informática, já investiu R$ 250 milhões em P&D no Brasil.

Xiang Liangming, principal consultant of Industry Policy da Huawei, assinalou  que o estímulo à adoção e expansão da rede de banda larga fixa 5G também contribui  para a economia de energia, principalmente devido à substituição da rede de cobre pela  fibra óptica.

“Queremos continuar a construir a economia digital no Brasil”, afirmou Baocheng, ao participar do lançamento do White Paper “F5G – O Brasil Conectado“, estudo sobre a quinta geração da banda larga fixa, formulado em conjunto com  Softex e Teleco.

Valor Agregado

O presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações de Investimentos) Jorge Viana, também presente ao lançamento do documento, disse que um dos objetivos do governo Lula e do ministro  da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, é  alterar substancialmente a pauta de exportação brasileira que continua concentrada em matérias-primas e produtos agrícolas, de baixo valor agregado.

Ruben Delgado, presidente da Softex, reforçou que o país precisa urgentemente de uma política mais consistente para a formação de quadros nas áreas de computação e demais ramos da tecnologia da informação, pois continua a perder cérebros para outros países. Para o executivo, o estímulo ao surgimento de startups e o apoio ao seu fortalecimento pode integrar políticas públicas que visem a estimular a formação de mão-de-obra qualificada.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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