Huawei é responsável por 65% da rede 4G da Telefônica Vivo

Importância da fabricante chinesa na rede local foi confirmada oficialmente pelo grupo espanhol nesta sexta, 16. Os demais 35% são da Ericsson. Holding prevê manter os fornecedores 4G na implantação do 5G Standalone.
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O grupo espanhol Telefónica avisou hoje, 16, que a estratégia de aquisição de equipamentos 5G deverá dar preferência aos fornecedores que já implantaram as redes 4G em cada país onde opera. Assim, na Espanha, acaba de anunciar que fechou contrato para fornecimento de rádios 5G Standalone com Ericsson e Nokia.

No Brasil, significa que a Huawei e a Ericsson devem ser as fornecedoras da Telefônica Vivo. Conforme divulgado pelo grupo espanhol hoje, a Huawei detém 65% da rede 4G da Vivo no Brasil. A Ericsson, os 35% restantes.

Na Alemanha, o 5G deve ficar nas mãos de Huawei, que já fez 50% do 4G, e Nokia, com a mesma proporção. A O2, operação móvel da Telefónica no Reino Unido, vai ter a demanda repartida entre Ericsson e Nokia, a exemplo do que aconteceu na Espanha.

Segundo comunicado do grupo espanhol, essa estratégia de manter os atuais fornecedores permite “a evolução contínua das capacidades das redes de acesso em rádio 5G para garantir a melhor experiência ao consumidor final e clientes corporativos”.

No caso espanhol, Ericsson e Nokia vão fornecer equipamentos com capacidade massive MIMO. A operadora vai também focar a venda de serviços URLLC (baixíssima latência) e mMTC (internet das coisas massiva). E contará com sistema de fatiamento de rede.

Vale lembrar que, até o momento, no Brasil, as operadoras terão liberdade para escolher seus fornecedores de rede 5G implementadas sobre o espectro vendido no próximo leilão, a ser realizado ainda este ano pela Anatel. Persistem, porém, pressões dos Estados Unidos para que se garanta a escolha de “fornecedores confiáveis”, o que significa, para os norte-americanos, restrições a empresas da China.

O Ministério das Comunicações nega, no entanto, que qualquer pedido nesse sentido tenha chegado recentemente à Pasta, e que a alternativa de idealizar uma rede privativa de governo separada da rede comercial das operadoras resultou na superação do impasse geopolítico.

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Rafael Bucco

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