Huawei diz que seu banimento deixará os EUA atrasados em relação à 5G

Empresa afirma que decreto de Trump levanta questões legais e fere seus direitos.

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A fabricante de equipamentos de rede Huawei criticou a decisão de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, de bani-la do mercado local. Ontem ele emitiu um decreto pelo qual o governo passa a supervisionar transações entre as operadoras locais e empresas estrangeiras, podendo vetar a aquisição de produtos e serviços de TICs se considerar que há ameaça ao país.

Segundo a Huawei, tal medida restringe seus direitos e levanta uma série de questões legais. A empresa ressalta, ainda, que o decreto em nada garante a segurança dos Estados Unidos.

“A Huawei é a líder indiscutível em 5G. Estamos prontos e dispostos para debater com o governo dos EUA e propor medidas efetivas para garantir a segurança do produto. Restringir a Huawei de fazer negócios nos EUA não tornará os EUA mais seguros ou mais fortes; em vez disso, servirá apenas para limitar os EUA a alternativas inferiores e mais caras, deixando o país atrasado na implantação do 5G e, eventualmente, prejudicando os interesses das empresas e consumidores americanos. Além disso, restrições sem razão infringirão os direitos da Huawei e levantarão outras sérias questões legais”, afirma a companhia asiática.

A cruzada de Trump contra a Huawei já levou à prisão da CFO da fabricante no Canadá e ao indiciamento da empresa por crimes praticados nos EUA – processo este em antamento. Novo capítulo da disputa, o banimento acontece no mesmo momento em que EUA e China travam guerra comercial.

China reclama

O governo chinês evitou falar da questão Huawei. Em vez disso, realizou coletiva de imprensa hoje para reclamar do aumento de tarifas sobre produtos chineses por parte dos americanos. Conforme a agência oficial de notícias da China, a Xinhua, o aumento prejudicou as negociações que vinham ocorrendo entre os países.

“Solicitamos que os EUA corrija seus malfeitos imediatamente para evitar ainda mais danos a empresas e consumidores de ambos os países, deprimindo a economia global”, disse o porta voz do governo chinês, Gao Feng.

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Rafael Bucco

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