Healthtechs captam US$ 1,4 bilhão em investimentos no País desde 2019

Levantamento do Distrito aponta que pandemia e interesse de investidores em novos modelos de negócio puxaram os aportes no setor; no entanto, desaceleração já é observada

Healthtechs recebem US$ 1,4 bilhão em investimentos desde 2019, aponta Distrito
Healthtechs chamaram a atenção do mercado para captação de investimentos (crédito: Freepik)

Impulsionado pela pandemia de covid-19 e pelo avanço da tecnologia, o setor de healthtech registrou um notável aumento de interesse por parte dos investidores. Levantamento do Distrito, plataforma que reúne dados sobre o universo das startups, aponta que, desde 2019, as empresas de aplicação de tecnologia em serviços de saúde receberam investimentos na ordem de US$ 1,4 bilhão (aproximadamente R$ 7 bilhões) no País.

Na avaliação da plataforma, os aportes no setor cresceram substancialmente em função da contribuição de novos investidores interessados em modelos inovadores de negócio, além da urgente necessidade de soluções digitais na área da saúde durante a crise sanitária. Tudo isso criou um ambiente favorável para o crescimento das healthtechs no Brasil.

“Antes de 2018, existia um bloqueio conceitual e regulatório que não permitia o avanço da digitalização no mercado de saúde. Por isso, os investidores tinham apetite restrito pelo setor”, diz o Distrito, em trecho do relatório a respeito do mercado digital de saúde.

“Após a pandemia, o mercado se transformou abrindo possibilidades que não existiam antes. Atendimento remoto, prontuário eletrônico e uso de AI [Inteligência Artificial] para diagnóstico são apenas alguns exemplos deste movimento que foram beneficiados pela evolução regulatória e conceituais”, complementa a plataforma.

Desaceleração

O levantamento aponta que o auge das fundações de startups focadas em serviços de saúde ocorreu em 2019, justamente o ano anterior ao início da pandemia. À época, 211 empresas foram criadas. Desde então, nota-se uma desaceleração no número de novas healthtechs por ano.

O relatório também indica que, conforme a desaceleração geral do mercado de tecnologia a partir do ano passado, o setor de saúde digital tem enfrentado desafios. Em 2021, por exemplo, o volume total investido diminuiu significativamente, ficando quase na metade da soma do ano anterior.

Segmentos

Segundo o Distrito, as startups que predominam no setor de saúde são as dedicadas à gestão de instituições de saúde e profissionais da área. Isso se deve, em parte, a um nível mais baixo de barreira tecnológica e por não necessitar de aplicações mais avançadas, como IA.

Em seguida, aparecem as empresas classificadas como prestadores de serviços de “acesso à saúde”. Em linhas gerais, são negócios que se concentram em fornecer informações relevantes para o setor, além de promover a educação médica e o engajamento dos pacientes na prevenção e no tratamento de doenças.

Além do mais, a pesquisa destaca que no Brasil, assim como na América Latina, o modelo de Software as a Service (SaaS) é o mais utilizado pelas healthtechs (40,78%).

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Redação DMI

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