Há carência de servidores para lidar com os dados, alerta SAS

Há carência de servidores, dizAline Riquetti - Customer Advisor para o Setor Público - SAS | Credito: 5x5 Tec Summit
Aline Riquetti – Customer Advisor para o Setor Público – SAS | Credito: 5×5 Tec Summit

O uso dos dados pelo setor público tem se desenvolvido ao longo dos anos, até pelo barateamento do custo de armazenamento, mas há uma carência de servidores públicos com habilidades de fazer uso destes dados. Ao participar do 5×5 TEC Summit – Governo, nesta segunda-feira, 6/12, Aline Riquetti, customer advisor para o setor público do SAS, ressaltou a necessidade de se difundir o conhecimento para processar a informação e transformá-la em algo relevante.

Aline Riquetti defendeu que é preciso capacitar as pessoas nos diferentes graus e níveis de conhecimento para tratar e analisar dados. A necessidade passa tanto por profissionais que façam análises mais sofisticadas quanto pelos que vão preparar o dado para que se possa cumprir a jornada.

“Ao longo dos últimos anos trabalhando com administração pública, vejo um desnível grande. Existem órgãos que estão muito no início na estruturação dos dados, mas já  outros mais avançados, inclusive criando robôs”, observou, acrescentando que precisa haver uma mudança de cultura. “Quando os órgãos decidem que vão investir nisso eles alocam uma área e capacitam as pessoas para isso, tendo esta área interessada em gerar e propagar conhecimento”, completou.

Ao falar sobre o perfil desse profissional a ser alocado, a executiva afirmou que a formação pode ser distinta e que, e como a área está defasada, todas as formações estão sendo aceitas, desde que a pessoa interessada tenha familiaridade com dados. “A formação é agnóstica, até área de humanas, o que importa é ter facilidade para trabalhar”, disse.

Segundo ela, a maior parte dos órgãos públicos tem defasagem de servidores especializados, o que gera áreas sobrecarregadas para dar vazão à demanda que existe. “Me parece antiquado que humanos façam tarefas que robôs poderiam fazer. Haveria um ganho operacional, se conseguissem automatizar o que é repetitivo. Isso feito, podemos aperfeiçoar o processo, reduzindo as análises que são manuais e que poderiam ser automatizadas quando este processo fosse cumprido para ter análises mais sofisticadas”, avaliou.

Para a administração pública ser mais eficiente falta focar na interoperabilidade dos sistemas e dos dados: isso, na visão de Aline Riquetti, é um ponto-chave. “Existem iniciativas de cidades inteligentes que integram informações. Precisamos de ambição. Por que não almejar este tipo de tecnologia trazendo benefício para cidadão?”, questionou ela. Com cada órgão estando em um nível de maturidade diferente, deve-se analisar o momento atual e projetar onde quer estar daqui a cinco anos, por exemplo, para, assim, traçar meios e metas para chegar a níveis mais elevados.

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Da Redação

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