Grupo TIM tem primeira alta de receita na Itália em cinco anos no 2º trimestre
O Grupo TIM (antiga Telecom Italia) divulgou, nesta quarta-feira, 2, os resultados financeiros do segundo trimestre deste ano. Segundo a companhia, os números foram impulsionados pelo desempenho da TIM Brasil e pelo crescimento da receita no território italiano, o que não acontecia há cinco anos.
Ao todo, a receita do grupo somou 4 bilhões de euros (aproximadamente R$ 21,03 bilhões) no período de abril a junho, alta de 2,8% na comparação anual. O faturamento doméstico avançou 0,6%, chegando 2,92 bilhões de euros (R$ 15,35 bilhões). No Brasil, como reportado pela subsidiária nesta semana, a receita cresceu 9,2%.
A receita de serviços do grupo registrou alta de 1,8%. Apesar da baixa de 0,9% nas operações da Itália, o indicador foi compensado pelas atividades no Brasil (9,5%).
O balanço mostra que, entre as unidades do grupo, a TIM Consumer, braço voltado ao consumidor, registrou baixa de 5,6% na receita no segundo trimestre. Por outro lado, o faturamento da TIM Enterprise, unidade corporativa, cresceu 1,1%. Já a NetCo – divisão de rede fixa à venda para a qual a companhia aguarda uma proposta definitiva do fundo KKR até o fim de setembro – avançou 7,8%.
Indicadores financeiros
Para todo o grupo, no segundo trimestre, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) chegou a 1,64 bilhão de euros (R$ 8,62 bilhões), alta anual de 5,6%.
Na contramão, o capex, por sua vez, teve queda de 0,7%, somando 892 milhões de euros (R$ 4,68 bilhões) no intervalo de abril a junho. Vale destacar que os investimentos cresceram na Itália (2,4%), mas diminuíram no Brasil (-11,9%) em razão da redução dos desembolsos em infraestrutura de redes.
Sem revelar números específicos sobre o segundo trimestre, o Grupo TIM indicou que, ao final do primeiro semestre, registrou prejuízo líquido de 673 milhões de euros (R$ 3,53 bilhões), alta de 86,9% em relação à primeira metade de 2022.
Em junho, a dívida líquida era de 26,16 bilhões de euros (R$ 137,54 bilhões). Com isso, nota-se que a dívida cresceu em 343 milhões de euros (R$ 1,79 bilhão) em três meses, uma vez que totalizava 25,82 (R$ 135,75 bilhões) ao término do primeiro trimestre deste ano.