Grupo TIM recebe proposta do banco estatal CDP por ativos de rede fixa na Itália
O Grupo TIM (antiga Telecom Italia) recebeu uma segunda oferta não vinculante por sua rede de ativos fixos na Itália. A proposta, como antecipado pela imprensa local, foi apresentada por um consórcio formado pelo banco estatal Cassa Depositi e Prestiti (CDP Equity) e pelo fundo Macquarie Infraestructure and Real Assets, em nome do MAM Funds.
A oferta prevê a aquisição dos ativos e das atividades da FiberCop, além de uma participação na Sparkle, braço de infraestrutura (cabos submarinos) e atacado da empresa de telecomunicações.
Em comunicado enviado no domingo (5), o Grupo TIM, controlador da TIM Brasil, diz que a oferta expira no dia 31 de março e será submetida ao exame preliminar do Comitê de Partes Relacionadas, nos termos da regulamentação aplicável ao CDP Equity, tendo em vista que o banco detém participação de quase 10% na operadora.
Posteriormente, a proposta será levada ao Conselho de Administração. A previsão é de que a mesa de diretores avalie a oferta do consórcio na reunião marcada para o dia 15 de março.
Anteriormente, no início de fevereiro, a TIM recebeu uma oferta não vinculante do fundo de private equity norte-americano KKR por sua rede de infraestrutura fixa. Semanas depois, no entanto, a proposta inicial foi desconsiderada, em razão de a operadora ter considerado que o montante apresentado não refletia o valor real do ativo.
Contudo, os executivos concordaram em abrir mais informações para que o fundo, mantendo o interesse pelos ativos, possa melhorar a oferta. O prazo para aperfeiçoamento da proposta termina no dia 31 de março. O valor inicial não foi revelado, mas a imprensa italiana aponta que gira em torno de 20 bilhões de euros (aproximadamente R$ 111,08 bilhões).
Na prática, o Grupo TIM, liderado por Pietro Labriola, ex-CEO da TIM Brasil, planeja vender os ativos fixos para reduzir o endividamento da companhia – atualmente, em 25 bilhões de euros (cerca de R$ 138,86 bilhões).
O governo italiano, por sua vez, considera a rede da operada estratégica e deseja mantê-la sob controle estatal. Além disso, tem poder para vetar qualquer negócio societário do Grupo TIM.