Governo federal e Huawei assinam acordo para capacitação digital
Representantes do governo federal e da gigante das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) Huawei, assinaram nesta quinta-feira, 7, um acordo de intenções para ampliar iniciativas de capacitação digital, como forma de colaborar em ações que buscam suprir o déficit de profissionais na áreas tech e as lacunas de letramento digital no Brasil. A cerimônia de assinatura ocorreu durante o Fórum de Educação, evento promovido pela Huawei nesta tarde, em Brasília.
A colaboração se dá em duas iniciativas: a Aliança pela Educação Profissional Brasileira e a Parceria Residência em Games. A formalização se deu com a presença do CEO da Huawei Brasil, Gao Kexin, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, e o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Marcelo Bregagnoli.
Em discurso de abertura, Kexin destacou que a Huawei está “focada em ações que transcendem a mera implementação de tecnologia”. “Nosso objetivo é trabalhar de forma colaborativa para estabelecer um ecossistema educacional em que todos os alunos, professores e parceiros tenham acesso igualitário a recursos e infraestrutura de aprendizagem de alta qualidade, independentemente de sua localização. Juntos, podemos eliminar barreiras e garantir que a tecnologia funcione como uma ponte”, afirmou.
O acordo visa a institucionalização da parceria que já vem sendo realizada entre a Huawei, universidades e institutos de ensino nos últimos cinco anos, como explica o gerente de Educação e Valor Social da Huawei Brasil, Victor Lorran de Sousa Montenegro.
“O que estamos fazendo é institucionalizar essa parceria para usar a estrutura do governo para trabalhar em rede. Então, através da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, conseguiremos cobrir hoje todos os institutos federais do Brasil”, detalhou à reportagem.
As capacitações estarão alinhadas às demandas da política brasileira de desenvolvimento industrial e tecnológico, incluindo ainda a transição energética.
“Temos parcerias com instituições de todos os estados, mas queremos atingir além das capitais, chegando no interior do Brasil, pensando principalmente na redução das disparidades regionais”, complementa Montenegro.
Especificamente sobre a parceria que mira o setor de games, a ideia é de fomentar a visão de negócio dos estudantes para essa área. “Queremos pegar aquele aluno que vê os games como uma brincadeira e fazer ele entender que ele pode desenvolver, com incentivo financeiro, e participar de um mercado que gera bilhões por ano”.
A expectativa é de que a ampliação dos projetos saiam do papel a partir de fevereiro de 2025.