Google compra parte da fabricante de celulares HTC

Time que desenvolve o smartphone Pixel passa a ser do Google, por US$ 1,1 bilhão. Negócio inclui o licenciamento não exclusivo de patentes.

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O Google comprou, por US$ 1,1 bilhão, ativos da fabricante de smartphones HTC. O negócio tem como objetivo facilitar a criação de uma unidade de hardware dentro da gigante digital.

Conforme o acordo, anunciado hoje, 21, toda a equipe que desenvolveu o celular Pixel, que era feito pela HTC para o Google, passa a ser da empresa californiana. O contrato prevê, ainda, licenciamento não exclusivo de tecnologias desenvolvidas pela fabricante.

A HTC continuará a operar normalmente, produzindo aparelhos e tecnologias, com marca própria.

Conforme o site de notícias Bloomberg, passam a fazer parte do Google engenheiros e equipe de design por trás do Pixel. Ao todo, são 2 mil funcionários que serão transferidos.

A previsão é de que o Google lance até o final de outubro a nova versão do Pixel, seu aparelho “modelo”, feito como padrão high end para os fabricantes que adotam o sistema operacional Android.

Essa não é a primeira incursão da gigante no mundo das fabricantes. Em 2012 comprou a Motorola Mobility por US$ 12,5 bilhões. O ativo foi revendido em 2014, por uma fração, US$ 3 bilhões, à chinesa Lenovo.

“Embora o negócio tenha semelhanças com o erro do passado, o resultado pode ser diferente desta vez. A HTC tem sido um parceiro próximo do Google, foi fabricante fundamental dos aparelhos Nexus, além do próprio Pixel. Além disso, nenhuma fábrica foi incluída no acordo”, destaca David McQueen, diretor de pesquisas da consultoria ABI Research.

Para o analista, a aquisição permitirá ao Pixel ganhar escala. O smartphone vendeu 2 milhões de unidades no mundo. E facilitará para o Google ter um produto high end, que demonstre tudo o que o Android é capaz de fazer para se manter à frente em vendas do concorrente iOS, da Apple.

A expectativa é de que, com a nova equipe de engenharia, o Google aperfeiçoe ainda mais seus produtos de inteligência artificial, reconhecimento de fala e realidade virtual embarcados em smartphones. (Com agências internacionais)

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Da Redação

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