Fundos de investimento têm mais saques que depósitos pelo segundo mês consecutivo
Os fundos de investimento apresentaram mais saques do que depósitos, com resultado líquido de R$ 4,4 bilhões em outubro, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). É o segundo mês consecutivo em que a indústria apresenta mais resgates do que aportes, com resultado puxado pelos fundos de renda fixa, de ações e multimercados.
No caso da classe renda fixa, os fundos fecharam o mês com saldo negativo de R$ 5,2 bilhões. Já os fundos de ações completaram o quarto mês seguido com captação líquida negativa, que chegou a R$ 4,5 bilhões em outubro. Por sua vez, os multimercados registraram saldo líquido negativo de R$ 965,7 milhões.
Rentabilidades
Entre os fundos de renda fixa, apenas aqueles dos tipos investimento no exterior (investem no mínimo 40% do patrimônio em ativos no exterior) e dívida externa (aplicam ao menos 80% de seu patrimônio em títulos da dívida externa da União) tiveram rentabilidade negativa: de 0,46% e 3,26%, respectivamente. No campo positivo, o destaque fica para os indexados (seguem valores de referência do mercado de renda variável), com ganhos de 1,52%.
Apesar de os fundos de investimento de ações terem registrado mais saques do que depósitos em outubro, o retorno de quase todos os tipos foi positivo. Os destaques foram os de ações setoriais (aplicam em ações de empresas do mesmo segmento) e os de ações valor/crescimento (investem em empresas cujo valor das ações são negociados abaixo do “preço justo”), que renderam 7,32% e 7,25%, nesta ordem.
A captação líquida negativa de R$ 965,7 milhões dos multimercados foi relativamente mais tênue. O tipo investimento no exterior, de maior patrimônio líquido da classe (R$ 714,2 bilhões), contribuiu positivamente com R$ 382,3 milhões no período, revertendo as perdas de setembro, quando havia registrado saída de quase R$ 7 bilhões. Por sua vez, neste ano, os fundos multimercados apresentam saída líquida de R$ 76,4 bilhões.