Fundo York passa a deter 7,4% da Oi

O bondholder York Global Finance fica com 7,4% das ações em circulação e 7,55% das ações e warrants emitidos pela Oi

A Oi divulgou na noite do dia 30 fato relevante no qual informa que o bondholder  York Global Finance Fund LP, com sede em Londres, mas criado sob as leis do paraíso fiscal das Ilhas Cayman, participou o aumento de capital promovido pela empresa, cujo prazo final para a confirmação da opção já se encerrou.

Conforme o comunicado, esse fundo passou a ter o direito de receber receber 34.611.595 Certificados de Depósito de Ações Americanos representando 173.057.975 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal da Oi S/A. E mais 2.472.553 Certificados de Depósito de Warrant Americanos representando 12.362.765 bônus de subscrição (warrants). Com isso, terão direito a uma entrega física de 12.362.765 ações ordinárias adicionais, nominativas e sem valor nominal da Oi S/A.

O número total de ações mais warrants é 2.456.540.972. Assim, informa o fundo,  o controle atual representa 7,40% do total de ações emitidas e em circulação na  Oi e 7,55% do total de ações e warrants emitidos.

Pelo atual regimento interno da Oi, esses bondholders passariam a ter direito a participar do conselho de administração da empresa, com pelo menos dois integrantes. Mas no comunicado informam que não têm intenção de alterar a estrutura de controle ou a estrutura administrativa da operadora.

Assembleia

A Oi planeja convocar a Assembleia Geral no final de agosto, início de setembro, informou hoje o jornal Valor Econômico. Os bondholders detinham, no ato da Recuperação Judicial, R$ 32 bilhões da dívida de R$ 45 bilhões da holding. E a operação encerrada agora representou a troca desses papeis antigos por novos títulos e ações da Oi, o que gerou a pulverização dos atuais controladores. Entre eles, a portuguesa Pharol, que ainda contesta os resultados, deverá ter sua participação diluída de 27,49% para menos de 8%.

O regimento interno da Oi atual estabelece que os acionistas com mais de 15% das ações devem limitar seu poder de voto e veto a esses 15% e o mais provável é que essa regra não seja modificada, tendo em vista que não deverá haver, com esse aumento de capital promovido, qualquer sócio com mais de 15% do capital da empresa.

Até fevereiro de 2019 ocorrerá a capitalização de R$ 4 bilhões, compromisso dos bondholders no plano de recuperação judicial.

A Oi tinha pouco mais de R$ 7 bi em seu caixa em dezembro do ano passado. Em maio, conforme último comunicado, estava em pouco mais de R$ 4 bilhões. Hoje, 31, as ações da empresa caīram mais de 8,5%.

 

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Da Redação

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