Fundo carioca fica com 10% da Bemobi

Truxt comprou 9,1 milhões das ações ordinárias da novata da bolsa, que tem entre conselheiros o fundador Pedro Ripper, Fiamma Zarife, do Twitter Brasil, e Francisco Valim, ex-Oi.

A Bemobi avisou ao mercado hoje, 17, que a carioca Truxt Investimentos ficou com 10,01% das ações ordinárias colocadas à venda na última semana. A empresa de distribuição de aplicativos via clubes de assinatura abriu o capital em 8 de fevereiro, levantando R$ 1,26 bilhão. O Truxt comprou 9,1 milhões de ações ordinárias da companhia.

Apesar da aquisição, o Truxt informa em comunicado que não pretende interferir no comando da Bemobi. A negociação, diz o fundo, “não visa alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da Companhia”.

A estrutura montada pela Bemobi tem peso. O conselho é presidido por Lars Boilesen, executivo que já presidiu a Alcatel-Lucent, incorporada à Nokia no passado. Também integram o board o fundador da empresa, Pedro Ripper; Fiamma Zarife, executiva que passou por todas as teles brasileiras e atualmente comanda o Twitter no Brasil; Francisco Valim, que já presidiu Oi, Nextel e Via Varejo; Carlos Piani, ex-presidente da Kraft-Heinz no Canadá e conselheiro da Equatorial Energia; e Roger Solé Rafols, suplente de cadeira independente no conselho, que hoje é vice-presidente de marketing da WeWork, mas antes passou por Sprint e TIM Brasil.

Ripper, que fundou a Bemobi em 2013, é o diretor presidente. Antes, comandou a Cisco Systems e teve altos cargos na Promon e na Oi. O CFO da companhia é Rodin de Sa, que já passou por Ideiasnet (hoje Padtec), Brasif, entre outros.

O foco da Bemobi é o desenvolvimento, em parceria com operadoras em todo o mundo, de clubes de aplicativos, em que os clientes pagam uma taxa mensal para ter acesso a uma coleção de jogos sem propaganda ou que deveriam ser comprados um a um. A empresa diz ter contratos com 65 operadoras em 35 países, entre as quais América Móvil e Vivo.

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Rafael Bucco

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