FTTR: Oi lança projeto para conectar os cômodos das casas com fibra

Fiber X, serviço de fiber to the room (FTTR) da Oi começa a ser vendido em Blumenau (SC) e é recomendado para residências de 70 metros quadrados ou mais.
Maquete demonstra 3 pontos com fibra em uma mesma casa
Maquete demonstra 3 pontos com fibra em uma mesma casa, com velocidade de 1 Gbps contratada. Tecnologia começou a ser comercializada em Blumenau (SC) nesta semana pela Oi.

Levar a fibra óptica até um ponto dentro da casa do cliente já não mais suficiente para atender à demanda por baixa latência e alta velocidade. Com essa premissa, a Oi iniciou hoje, 14, um projeto-piloto comercial para conectar os cômodos de uma residência diretamente com fibra óptica, tecnologia chamada FTTR (fiber to the room).

O FTTR utiliza uma fibra óptica colante, transparente, especialmente projetada para ser afixada em rodapés e dobrar até 90 graus sem romper. Após implantada, a fibra fica quase invisível ao olhar humano. Esta fibra é uma extensão do FTTH que chega ao domicílio. É puxada a partir do ONT aos outros terminais ópticos.

FTTR as a service

O projeto-piloto, que recebeu o nome comercial de Fiber X, acontece na cidade catarinense de Blumenau. O cliente de banda larga da operadora do tipo FTTH (fibra até o domicílio) deverá pagar um adicional de R$ 59,90 ao mês para a Oi conectar dois pontos adicionais da casa também com fibra.

Até então, a empresa trabalhava apenas com cabos ethernet e WiFi Mesh dentro da residência dos clientes. Mas, segundo Roberto Guenzburger, diretor de consumidor e empresarial da Oi, havia casos em que a solução Mesh não entregava a capacidade desejada. Ele demonstrou a tecnologia hoje, 14, a jornalistas em São Paulo.

“Com o FTTR desaparece a questão de o cliente contratar 1 Gbps, por exemplo, e no WiFi navegar em 200 Mbps. Colocamos a fibra nos pontos mais adequados, levando o 1 Gbps a toda a casa”, diz.

Uma vez instalada a fibra no quarto, é ativado então um sinal WiFi 6 Mesh também, mas agora com velocidade nominal mais próxima da contratada, afirma. Equipamentos que funcionam com cabo, podem ser ligados diretamente ao terminal.

Guenzburger lembra que os técnicos da operadora costumam encontrar conduítes congestionados nas residências. A técnica que utiliza colagem da fibra é mais rápida. A recomendação da Oi é que o Fiber X seja contratado por residências com 70 metros quadrados ou maiores. Tecnicamente, a solução pode levar fibra a partir do acesso FTTH primário a até 16 cômodos.

Huawei

A tecnologia foi desenvolvida pela gigante asiática Huawei, que produz as fibras. Colantes, elas são instaladas com equipamentos específicos. O Brasil é o terceiro país do mundo a utilizar comercialmente o conceito.

“Na China são 400 mil residências com FTTR ativado e 100 mil empresas de pequeno e médio porte”, disse em coletiva o Jeff Jin, vice-presidente de Huawei Brasil e presidente de Carrier Business Group da Huawei Brasil. O sistema também é usado nos Emirados Árabes Unidos.

A fibra que chega ao quarto pode ser conectada por XG-PON e XGS-PON – modalidades de conexão óptica.

Além da fibra e treinamento dos técnicos, a Huawei fornece ainda a aplicação de gestão da fibra instalada. A FTTR é supervisionada em tempo real e, em caso de rompimento, a Oi contacta automaticamente o usuário. O sinal no quarto é então mantido apenas via Mesh, enquanto o reparo não for terminado.

O usuário também dispões de acesso a um app que mapeia o status da rede óptica doméstica. A expectativa na Oi é que o produto atenda necessidade de gamers, do aumento de dispositivos domésticos conectados, e já prepare terreno para a demanda crescente de dados do “metaverso”.

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Rafael Bucco

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