Fintechs investem nas oportunidades do Pix e do Open Finance

Estudo mostra que 72% das fintechs no Brasil estão desenvolvendo soluções alinhadas com as regulamentações do Pix ou do Open Finance.
Fintechs investem nas oportunidades do Pix e do Open Finance - Crédito: Freepik
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Ao se preparar para o futuro, as fintechs brasileiras já sabem no que apostar. Pelo que foi constatado na pesquisa Fintech Deep Dive 2022, estas empresas tendem a explorar as possibilidades do PIX e diversificar a oferta de produtos e serviços para atrair clientes. O Open Finance também está no radar.

A quarta edição da pesquisa Fintech Deep Dive foi conduzida pela PwC Brasil, em parceria com a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), e ouviu 156 fintechs de diferentes segmentos.

De acordo com o estudo, 72% das fintechs no Brasil estão desenvolvendo soluções alinhadas com as regulamentações associadas ao PIX ou ao Open Finance. Para 79%, já é possível colher benefícios dessas iniciativas ou preveem resultados positivos em até um ano.

“O open banking tem muito potencial, que ainda não foi totalmente explorado. O mercado vai seguir em transformação em virtude desse recurso, já temos a regulação, mas ainda é preciso cuidar da infraestrutura de integração do open finance, o que exige tempo. Em um futuro próximo, devemos ver marketplaces de crédito e outros serviços financeiros, por exemplo”, analisa Diego Perez, diretor da ABFintechs.

Apesar da diminuição dos aportes em fintechs neste ano, um dos indicadores que sustentam a recuperação das empresas de serviços financeiros digitais é o faturamento. O estudo revela que em 2021 o percentual de empresas com crescimento negativo ou zero reduziu para 21%, em 2020 este percentual era de 39%. Antes da pandemia, em 2019, este índice foi de 26%.

O clima de otimismo fica ainda mais evidente quando comparado com a perspectiva de crescimento para 2022. Entre as empresas participantes da pesquisa, 65% esperam dobrar o faturamento neste ano.

“A pandemia foi abrasiva para a economia nacional como um todo. O que percebemos foi a resiliência na forma de atuar das fintechs e a recuperação tem acontecido. Os novos investimentos que estes negócios receberam contribuem com esta análise. Em 2019, 36% das nossas entrevistadas alegaram ter recebido algum aporte, índice que cai para 26% em 2020 e chega a 41% no ano passado”, aponta Luís Ruivo, sócio da PwC Brasil.

Quem são as fintechs brasileiras

O estudo também revela que o segmento de fintechs está consolidado no Brasil. Entre os principais segmentos de atuação das fintechs estão: crédito, meios de pagamento e bancos digitais.

De todo modo, ao realizar um raio-x no segmento, por meio do estudo, é possível resumir o perfil das fintechs brasileiras no cenário atual em três principais características: jovens, otimistas e em busca de equilíbrio financeiro. O levantamento mostra que 68% das organizações têm menos de cinco anos de existência.

Já na busca pela estabilidade financeira, 35% das empresas ouvidas alcançaram o chamado “break-even” – quando custo total e receita total se equiparam. Mais de dois terços delas atingiram esse patamar em até dois anos. Mesmo período esperado para alcançar esse ponto para 52% das fintechs que ainda não o atingiram.

(com assessoria)

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Redação DMI

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