Fim dos apps dos bancões?

Para o presidente do BC, Roberto Campos Neto, em até dois anos, os aplicativos agregadores irão substituir os apps dos bancos como Itaú, Bradesco ou Santander.

apps dos bancões

Os apps dos bancões como BB, Caixa, Bradesco ou Itaú estão com os dias contados. Pelo menos essa é a previsão de nada menos do que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que, em palestra em Chicago, disse que os aplicativos de bancos tradicionais devem acabar depois do avanço do Open Finance, o sistema que permite o compartilhamento de dados entre várias instituições financeiras.

Ele prevê que em menos de três anos, a sua tese já estará confirmada. ” Talvez daqui a dois anos, não haverá mais o app do Itaú, ou do Bradesco, ou do Santander. Você vai ter um app que chamamos de agregador”, disse ele.

O agregador

No agregador, qualquer pessoa pode acessar todas as  contas bancárias por meio do Open Finance. Além disso, vai ser possível comparar os serviços oferecidos pelas instituições financeiras, como as taxas de juros cobradas, por exemplo. Com essa funcionalidade, o cliente de qualquer banco poderá ainda ter acessos às melhores ofertas de investimentos, pois poderá escolher o banco que fará a custódia dos recursos investidos e por isso as previsões do fim dos apps dos bancões.

Segundo o presidente do BC, cerca de 50 a 60 milhões de brasileiros já aderiram ao Open Finance antes mesmo de terem acesso aos novos mecanismos como os citados por ele, que deverão estar disponíveis a partir do próximo ano.

Os números

No ano passado, a iniciativa do BC de estimular a competição implementando diversos mecanismos para estimular a escolha do cliente, incialmente chamado de Open Banking, fez com que o Brasil encerrasse o ano com mais de 9 milhões de consentimentos ativos para o compartilhamento de informações bancárias, de  6,3 milhões de clientes únicos. Este ano, as projeções já indicavam que, em fevereiro, já tinham sido fornecidos 22 milhões de consentimentos de 15 milhões de clientes únicos.

Na Argentina

Enquanto isso, na Argentina, o candidato ultra-direitista à presidência, Javier Milei, voltou a declara, no último debate realizado, no domingo, 12, que pretende mesmo terminar com o Banco Central de lá. Ele debatia com seu opositor, o governista Sergio Massa. Para Milei, é o “Banco Central que gera a inflação”.

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Da Redação

A Momento Editorial nasceu em 2005. É fruto de mais de 20 anos de experiência jornalística nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e telecomunicações. Foi criada com a missão de produzir e disseminar informação sobre o papel das TICs na sociedade.

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