Fibrasil comprou a Fiberty1 em busca de mão de obra especializada
O fenômeno das redes neutras que vêm se concretizando no Brasil não é passageiro. É, na realidade, um reflexo do avanço tecnológico e maturidade do mercado de telecomunicações local, explicou ontem, 2, no Talk Show do Tele.Síntese o executivo Marcos Faria, head de engenharia da Fibrasil.
A Fibrasil é uma empresa de rede óptica neutra, criada a partir de joint venture entre o fundo canadense CDPQ e o grupo Telefónica. A Telefônica Brasil tem 25% do negócio, e a Telefónica Infra, braço de infraestrutura do grupo espanhol, tem outros 25%. O restante é do fundo.
“A evolução está trazendo a necessidade da rede neutra. Além disso o espaço público é limitado para as infraestruturas de todos. Já a rede neutra se presta a atender a todos, trazendo melhora na performance, melhora para todos os lados”, afirmou Faria.
Ele prevê um crescimento exponencial da demanda por conectividade óptica nos próximos anos no Brasil, e lembra que não é possível para diferentes empresas instalarem a mesma infraestrutura nos mesmos locais. Daí o relevante papel de grupos neutros. Também o modelo traz agilidade para a implantação de rede e para o lançamento de novos serviços de transmissão de dados.
Mão de obra
Recentemente a Fibrasil anunciou a aquisição da Fiberty1, antiga Phoenix Fibra. A compra teve dois intuitos, explicou o executivo. Um deles, o mais evidente, consiste em expandir a planta da Fibrasil para as áreas onde a Fiberty1 têm rede: Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
Mas outro ponto também foi decisivo. Com a aquisição, a Fibrasil absorve todos os profissionais qualificados para construção de rede da Fiberty1. “Mão de obra técnica é muito difícil de obter, então a aquisição foi tanto para crescer em rede, quanto pelos funcionários”, diz Faria. Ele mesmo veio da Fiberty1 e já participa de eventos como porta-voz da Fibrasil.
Segundo ele, novas aquisições estão no caminho da companhia. “Estamos trabalhando em um plano de investimento arrojado, com ondas de crescimento”, avisou. Seja por compras, seja por parcerias para compartilhamento de rede ou para obtenção de clientes, ele ressalta que a Fibrasil quer estreitar os laços com ISPs.
“Imaginamos parcerias com ISPs. Se tiver demanda numa cidade, estamos dispostos a fazer essa rede. Estamos totalmente dispostos a tratar com os provedores regionais”, ressaltou.