Ferrari, do Planejamento, critica falta de regulação das OTTs no país

Para Marcos Ferrari, a assimetria regulatória entre as empresas de internet e as teles é mais um fator para prejudicar a rentabilidade e os investimentos das operadoras do setor.

fusao-torres-internet-conexao-anatel-infraO secretário de Planejamento e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Marcos Ferrari, acredita que a assimetria existente  no Brasil entre a regulação das empresas Over The Top (OTT, empresas de conteúdo da internet) e de telecomunicações acaba prejudicando a rentabilidade das operadoras de telecom e os investimentos em banda larga.

” As operadoras de telecomunicações têm que se defender da falta de regulação das OTTs no país. É preciso haver o ambiente competitivo, mas um pouco mais de convivência harmônica e competitiva dos dois segmentos seria necessária para evitar a inflexão do ARPU”, disse ele durante o Painel Telebrasil. ARPU é a conta média dos serviços de telecom, que atualmente está em US$ 6,00 por mês.

Ferrari avalia ainda que há um descasamento entre a regulação das telecomunicações e a realidade, gerando empecilhos para investimentos no setor. ” O PLC 79 irá romper esse círculo”, acredita.

Em relação à redução tributária, pauta recorrente das empresas de telecomunicações, o executivo assinalou que o governo não pode diminuir a arrecadação. Lembrou que nos últimos anos a União abriu mão de 2,5% em impostos, fundamentais para minimizar o déficit público. “Se tivéssemos mantido essa arrecadação, o déficit público não seria tão grave”, afirmou.

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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