Fernandes: serviços de alto valor agregado para garantir a qualidade das transmissões por redes ópticas

Para corresponder as demandas de conectividade durante a pandemia, provedores precisam de fibra óptica, ferramentas de monitoramento de rede e SPaaS

Por Ivan Cabral Fernandes Jr*

Desde que a pandemia de Covid-19 obrigou as pessoas a se isolarem em suas casas – de onde passaram a trabalhar, assistir a aulas online e encontrar virtualmente amigos e familiares -, a disponibilidade de serviços de comunicação de boa qualidade tornou-se requisito obrigatório. E, ao mesmo tempo, um desafio para operadoras e provedores de serviços de internet (ISPs) que precisam garantir essa disponibilidade em um cenário de acesso descentralizado e pulverizado, em que não é possível contar com o tradicional recurso de redundância da rede – em geral utilizado para atender às necessidades de prédios e ambientes corporativos.

Nesse novo cenário, os provedores de serviços necessitam de recursos alternativos para garantir qualidade, confiabilidade e, consequentemente, a melhor experiência ao seu cliente. No caso de uma rede óptica, isso envolve desde a avaliação da qualidade da fibra instalada, o monitoramento da rede em tempo real, o suporte remoto por uma equipe de profissionais qualificados e até a disponibilidade de equipamentos e peças sobressalentes, para substituição dos originais durante o período de reparo.

São recursos específicos que, somados, garantem a alta qualidade da rede. Mas que, por outro lado, exigem investimentos (alguns pesados) que boa parte dos ISPs do país não tem condições de manter. O próprio acesso à mão de obra especializada e devidamente capacitada ainda representa uma dificuldade no mercado de telecomunicações brasileiro, especialmente em regiões mais distantes. E esse é um dos motivos que têm atraído muitos ISPs – e até algumas operadoras de telecom – para a terceirização de serviços de alto valor agregado, que podem aumentar o valor da sua operação, ou negócio.

É o caso, por exemplo, do serviço de caracterização de fibra óptica, que requer profissionais altamente qualificados, além de instrumental de última geração para a medição e avaliação da qualidade da fibra. Com base nos dados da medição, profissionais especializados conseguem identificar possíveis pontos de atenuação, de dispersão ou de degradação que podem comprometer a qualidade da transmissão. Conhecer a qualidade do meio de transmissão é importante no momento de elaborar o projeto, pois permite, entre outras coisas, investir no amplificador adequado para a infraestrutura a ser utilizada. Se a fibra óptica for antiga e apresentar características de degradação, será preciso usar um amplificador de alta potência para entregar uma transmissão de qualidade. Por outro lado, se a falha estiver concentrada em um trecho específico da rede – o que também é possível detectar com precisão utilizando instrumental apropriado -, a substituição da fibra óptica naquele trecho pode resolver o problema e evitar a necessidade de investimento em um amplificador mais potente e, portanto, de custo mais elevado.

O uso de equipamentos e de ferramentas no estado da arte também é fundamental no monitoramento da rede externa, inclusive com a emissão antecipada de alertas sobre possíveis falhas que podem levar à interrupção da transmissão de dados. O serviço de supervisão e monitoramento de rede externa agrega muito valor à qualidade dos serviços prestados pelos provedores aos seus clientes (usuários finais), uma vez que pode minimizar – ou até mesmo evitar – a interrupção nas comunicações, garantindo assim alta disponibilidade da rede.

Muitas dessas ferramentas estão incluídas no conjunto de serviços oferecidos por um centro de operações de rede – em inglês, Network Operation Center, ou NOC. São serviços de monitoramento e suporte remoto da rede, disponíveis 24×7, prestados por técnicos especializados que dispõem de uma infraestrutura avançada, com recursos como sistemas de dupla abordagem de fibra óptica, sistemas de proteção contra incêndio, nobreaks e geradores para garantir o funcionamento ininterrupto em caso de falta de energia. Tudo isso com a possibilidade de definir acordos de nível de serviço (SLAs) adequados às necessidades, requisitos – e à capacidade de investimento – de cada provedor.

Outro serviço de alto valor agregado é o chamado Spare Part as a Service (SPaaS), que consiste na entrega de um equipamento sobressalente caso ocorra uma falha que exija o reparo do original. Dessa forma, a rede continua funcionando enquanto o reparo é realizado, sem que o provedor tenha de investir em amplificadores, transponders e outros equipamentos sobressalentes, que representam um capital imobilizado de valor elevado.

A oferta é ampla e variada, permitindo ao provedor de serviços entregar qualidade, disponibilidade e uma melhor experiência aos seus clientes, em qualquer lugar do país, com um investimento compatível com os seus recursos. Afinal, o cliente está cada vez mais exigente e oferecer a melhor experiência em serviços é o melhor caminho para conquistar sua satisfação – e fidelidade.

*Ivan Cabral Fernandes Jr é head de Vendas de Serviços Premium da Padtec, fornecedora global de soluções de última geração para transmissão óptica.

 

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Da Redação

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