Fabricantes chinesas de equipamentos para redes ganham market share em 2019

Huawei manteve participação de 28% no mercado global de infraestrutura em telecom, enquanto Nokia perdeu espaço, Ericsson ficou estável, ZTE cresceu e Cisco encolheu.

Apesar da investida dos Estados Unidos contra a expansão das fabricantes chinesas de equipamentos de telecomunicações, estas continuaram a ganhar participação de mercado em 2019.

Estimativa divulgada hoje, 2, pela consultoria Dell’Oro Group mostra que a Huawei não apenas segue líder, como cada vez mais isolada à frente das rivais, concentrando quase um terço (28%) das receitas do setor no ano que passou.

As políticas norte-americanas ainda não conseguiram derrubar as vendas da Huawei, mas, diz a consultoria, reduziram o ritmo de expansão da fabricante para um nível inferior à média da expansão acelerada vista entre 2014 e 2018.

A segunda colocada, a Nokia, perdeu participação, ficando com 16% do mercado, 1 ponto percentual a menos que em 2018. Já a Ericsson permaneceu estável, com fatia de 14%. A ZTE cresceu 2 p.p., para 10%, mostrando capacidade de recuperação depois do banimento dos EUA em 2018. Já a Cisco teve sua participação reduzida de 8% para 7%.

Segmentos

A métrica da consultoria reúne na mesma projeção as vendas de equipamentos para acesso em banda larga, microondas e transporte óptico, núcleo de rede e rede móvel de acesso, roteadores e switches. O conjunto desses segmentos formam um mercado global que cresceu 2% em 2019, comparado a 2018.

A consultoria afirma que a venda de equipamentos para redes de transporte óptico e móveis compensaram a queda nas vendas de aparelhos de microondas e acesso fixo. As redes móveis (Mobile RAN) e transporte óptico representaram 55% das vendas do ano passado.

As vendas no móvel cresceram puxadas pela demanda por soluções 5G. Em transporte, a demanda se deu principalmente por WDM.

Na rede de acesso fixo, a demanda por soluções PON ficou estável, e ainda está longe de compensar a queda dos investimentos em cabo e DSL, o que levou a retração no segmento de acesso.

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Rafael Bucco

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