Expansão de crédito vai a 8,3% em 2022, diz Febraban

Para 2023, a expansão projetada da carteira total segue estável, em 6,6%, enquanto a inadimplência para 2022 retoma o patamar pré-pandemia.
Figura conceito de investidor colecionando ganhos em gráfico ascendente - Crédito: Freepik
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O saldo total da carteira de crédito deverá crescer 8,3% em 2022, segundo estima pesquisa da Febraban de economia bancária, avançando em relação ao levantamento anterior, feito em fevereiro, que projetava uma expansão de 7,6%.

A nova projeção de crédito se aproxima da atual estimativa apresentada pelo Banco Central no último Relatório de Inflação, de 8,9%. O crescimento deve ser liderado pela carteira com recursos livres, com expectativa de nova expansão de dois dígitos, chegando a uma alta de 10,8%.

A pesquisa costuma ser realizada a cada 45 dias, logo após a divulgação da Ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O atual levantamento da Febraban reuniu as percepções de 19 bancos entre 22 e 29 de março sobre a última Ata e as projeções para o desempenho das carteiras de crédito para o ano corrente e o próximo.

A melhoria na estimativa das projeções da carteira de crédito para 2022 ocorre pela segunda vez neste ano e reverte a tendência de piora nas projeções que ocorriam desde setembro do ano passado.

“A perspectiva é de mais um ano de crescimento importante do crédito, mesmo diante de um cenário macroeconômico mais desfavorável, com arrefecimento da atividade e condições financeiras mais restritivas do que se imaginava”, afirma Isaac Sidney, presidente da Febraban.

Para Rubens Sardenberg, diretor de economia, regulação prudencial e riscos da entidade a revisão da carteira com recursos livres foi liderada pela carteira Pessoa Jurídica, que passou de alta de 9,2% para 10,5%, e, em menor grau, da carteira Pessoa Física, de expansão de 9,8% para 10,5%”, disse Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da FEBRABAN.

Em relação à carteira com recursos direcionados também houve revisão para cima, embora mais modesta, de 5,0% para 5,3%. Esta foi a primeira edição em que a pesquisa solicitou as aberturas para Pessoa Física e Pessoa Jurídica nesta modalidade.

No caso da carteira Pessoa Física direcionada, a expectativa é de que a carteira mostre uma expansão importante no ano, de 8,8%. Já para a carteira Pessoa Jurídica direcionada, a estimativa é de estabilidade (+0,2%), resultado ainda afetado pelo término dos programas públicos de crédito e com incerteza da possibilidade de novas rodadas dos programas.

Para 2023, a média das projeções para a expansão da carteira total ficou estável em 6,6%, com a revisão positiva na carteira com recursos livres (de 7,6% para 8,1%), compensada pela revisão negativa da carteira direcionada (de 4,4% para 3,9%).

Inadimplência

A pesquisa também capturou uma revisão para cima na expectativa para a taxa de inadimplência da carteira livre deste ano, de 3,7% na pesquisa de fevereiro para os atuais 4,0%. Assim, a perspectiva é de alguma deterioração ao longo de 2022, retornando ao patamar pré-pandemia.

(Com assessoria)

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Redação DMI

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