Excesso de regras inibe a inovação, diz diretor da Vivo

Para Ivanez Perotoni , a autorregulação demanda um alto grau de compromisso com as mudanças propostas.

“A autorregulação não significa ausência de regras. Ao contrário, demanda uma alto grau de compromisso com a mudança”, afirmou hoje, Ivanez Perotoni, diretor de Obrigações Regulatórias da Telefônica Vivo, em Live sobre autorregulação e consumidor promovida pelo Tele.Síntese.

 

As operadoras  decidiram mudar de postura e adotar uma pauta mais propositiva no sentido de agir para atender melhor o cliente e evitar a mão pesada da agência reguladora quando constataram que estavam sempre revisando os acertos e erros dos regulamentos propostos pela Anatel. “Precisávamos mudar de postura e direcionar os drives dessa mudança”, afirmou o executivo.

Para Perotoni, o excesso de regras é um limitador da inovação e por isso é necessário buscar um modelo mais eficiente, no qual a regulação estabeleça os princípios gerais e as próprias empresas busquem os caminhos para a promoção das melhorias no atendimento e no serviço.

Ele ilustrou as dificuldades enfrentadas pelas operadoras de telecom com a alta carga regulatória comparando a atuação de uma fintech, cujo relacionamento com seu cliente é totalmente digital, e ainda a obrigação que a Vivo tem de, por exemplo, ter que enviar contas telefônicas em separado, quando há contestação de débito por parte do usuário.

“A dinâmica é muito grande na prestação de serviço de telecomunicações, que não pode ficar esperando pela revisão a cada quatro anos de um regulamento”, assinalou.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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