Excesso de regras inibe a inovação, diz diretor da Vivo
“A autorregulação não significa ausência de regras. Ao contrário, demanda uma alto grau de compromisso com a mudança”, afirmou hoje, Ivanez Perotoni, diretor de Obrigações Regulatórias da Telefônica Vivo, em Live sobre autorregulação e consumidor promovida pelo Tele.Síntese.
As operadoras decidiram mudar de postura e adotar uma pauta mais propositiva no sentido de agir para atender melhor o cliente e evitar a mão pesada da agência reguladora quando constataram que estavam sempre revisando os acertos e erros dos regulamentos propostos pela Anatel. “Precisávamos mudar de postura e direcionar os drives dessa mudança”, afirmou o executivo.
Para Perotoni, o excesso de regras é um limitador da inovação e por isso é necessário buscar um modelo mais eficiente, no qual a regulação estabeleça os princípios gerais e as próprias empresas busquem os caminhos para a promoção das melhorias no atendimento e no serviço.
Ele ilustrou as dificuldades enfrentadas pelas operadoras de telecom com a alta carga regulatória comparando a atuação de uma fintech, cujo relacionamento com seu cliente é totalmente digital, e ainda a obrigação que a Vivo tem de, por exemplo, ter que enviar contas telefônicas em separado, quando há contestação de débito por parte do usuário.
“A dinâmica é muito grande na prestação de serviço de telecomunicações, que não pode ficar esperando pela revisão a cada quatro anos de um regulamento”, assinalou.