EUA obtêm US$ 7,5 bi com leilão de ondas milimétricas

Frequências serão destinadas a redes 5G. Verizon e AT&T arrematam a maior parte das licenças.

A FCC, autarquia responsável por regular o mercado norte-americano de telecomunicações, anunciou ontem o fim do seu maior leilão de espectro. O certame negociou a alocação 3.400 MHz em ondas milimétricas nas faixas de 37 GHz, 39 GHz e 47 GHz. Foram arrecadados US$ 7,55 bilhões, de 28 participantes na disputa, após a venda de 14.142 licenças para uso do espectro. Apenas duas licenças não foram vendidas.

A procura levou o presidente da FCC, Ajit Pai, a divulgar comunicado classificando o leilão como um sucesso. Diz também que as frequências vendidas facilitarão a expansão das redes 5G. Outro leilão, da faixa de 3,5 GHz, está programado para ocorrer em junho deste ano. Em dezembro, será a vez de vender a banda C (de 3,7 GHz a 3,9 GHz).

O leilão concluído agora apresentou dois tipos de oferta: uma de licenças livres, outra para transmissão de espectro já licenciado a alguém, em 39 GHz, para as operadoras móveis. No segundo caso, o leilão teve característica de incentivo, e os valores serão repassada aos prévios donos do espectro. Foi arrecadado US$ 3 bilhões para o incentivo à saída da faixa de 39 GHz. Enquanto os US$ 4,47 bilhões foram para a aquisição pelas operadoras das licenças puras.

Pai promete rever neste ano regulamentos sobre a expansão da fibra óptica no país como parte do esforço ordenado pelo governo Trump de colocar os EUA na dianteira mundial em 5G. A expectativa no mercado, porém, é de que a China seja o país com mais implementações neste ano – já é o que acumula mais patentes na tecnologia.

 Vencedores

A Verizon foi a empresa que mais adquiriu espectro. Dona da maior base de clientes no móvel no país, a operadora pagou US$ 1,62 bilhão por 4,94 mil licenças. A AT&T ficou com 3,26 mil licenças, pelas quais pagou US$ 1,18 bilhão.

A T-Mobile US investiu US$ 872,7 milhões para ficar com 2,38 mil licenças. Dish Network e US Cellullar arremataram os lotes restantes, desembolsando US$ 202,5 milhões e US$ 113,9 milhões, respectivamente.

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Rafael Bucco

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