EUA e Reino Unido elaboram diretrizes de segurança para IA
As autoridades de segurança cibernética dos Estados Unidos e do Reino Unido divulgaram, nesta segunda-feira, 27, um conjunto de diretrizes globais para garantir o desenvolvimento seguro de Inteligência Artificial (IA). Em linhas gerais, os apontamentos visam a aumentar os níveis de segurança cibernética e assegurar que as tecnologias de IA sejam projetadas, desenvolvidas e implantadas com segurança.
Além dos dois países, autoridades de outras 16 nações confirmaram que endossarão e seguirão os protocolos – veja a lista abaixo, que não conta com o Brasil.
As contribuições entre Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido e Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura dos Estados Unidos subsidiaram o documento intitulado “Diretrizes para o Desenvolvimento Seguro de Sistemas de IA”. Vale destacar que o protocolo não tem relação com o decreto editado no mês passado pelo presidente norte-americano Joe Biden.
O conjunto de medidas tem o objetivo de auxiliar programadores a criar sistemas que sejam seguros desde a concepção até a implementação da tecnologia, incluindo atualizações e desenvolvimento. Também prevê que os modelos de IA disponham de recursos de avaliação de segurança de ponta a ponta.
“As diretrizes ajudam os desenvolvedores a garantir que a segurança cibernética seja uma pré-condição essencial para a segurança do sistema de IA e parte integrante do processo de desenvolvimento desde o início e durante todo o processo, conhecida como abordagem ‘segura desde a concepção’”, destaca a autoridade britânica, no comunicado de divulgação do protocolo.
As instruções foram divididas em quatro áreas principais: design; desenvolvimento; implantação; e operação e manutenção. Todas incluem o termo “seguro”.
A expectativa do centro britânico de segurança cibernética é de que as diretrizes sejam adotadas globalmente. “Elas ajudarão os desenvolvedores de qualquer sistema que use IA a informar decisões de segurança cibernética em todas as fases do processo de desenvolvimento – quer esses sistemas tenham sido criados do zero ou construídos com base em ferramentas e serviços fornecidos por terceiros”, reforça a autoridade britânica.
Além de Reino Unido e Estados Unidos, o protocolo conta com o apoio de órgãos de segurança cibernético de Alemanha, Austrália, Canadá, Chile, Coreia do Sul, Estônia, França, Israel, Itália, Japão, Nigéria, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, República Tcheca e Singapura.