ETFs: conheça um pouco mais sobre esse tipo de investimento

Diversificação, baixo investimento inicial e potencial de rendimento podem fazer os ETFs parecerem um mar de oportunidades. Será?
ETFs: conheça um pouco mais sobre esse tipo de investimento - Crédito: Freepik
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Criado nos Estados Unidos na década de 1980, o ETF (Exchange Traded Fund, em tradução livre ‘fundo negociado em bolsa’) surgiu revolucionando o mercado, consistindo da compra de pequenas partes de diversas ações, possibilitando a diversificação de investimento em renda fixa ou variável sem a necessidade de atenção constante nos ativos. Assim, os ETFs espalharam-se pelo mundo chegando ao Brasil em 2004 e sendo responsável pela movimentação de US$ 3 trilhões em mais de 50 países.

Dentre suas características, os ETFs apresentam uma série de vantagens, especialmente para aqueles que não possuem conhecimento sobre o mercado de renda variável ou tempo para acompanhá-lo. Por ser um produto vinculado a um índice o investidor sabe desde o momento da compra em quais empresas e critérios será investido seu dinheiro garantindo a transparência do produto.

Os ETFs de renda variável são os ETFs de ações. Esses fundos são negociados em bolsas de valores. Há também os ETFs de renda fixa. Assim como todo Exchange Traded Fund, esses fundos são negociados na bolsa, mas refletem as variações e a rentabilidade de títulos públicos ou privados, principalmente. Essa é uma opção considerada mais segura para um investidor que está entrando agora na bolsa.

Por tratar-se de uma parcela de uma carteira de ações, os ETFs possuem um valor de investimento inicial baixo, não sendo necessário possuir muito dinheiro para começar a investir. Além disso, a carteira acaba por diversificar os investimentos e proporcionar novas oportunidades que o investidor solitário talvez não tenha observado. Por fim, os ETFs, assim como toda aplicação em renda variável possui um grande potencial de rendimento, acabando por atrair investidores novatos na renda variável.

Transparência, diversificação, baixo investimento inicial e potencial de rendimento acabam por fazer os ETFs parecerem um mar de oportunidades. Contudo como todos os produtos financeiros além de suas vantagens esse formato de investimento também apresenta desvantagens.

Com um mercado cada dia mais caótico e volátil, os EFTs sofrem com o problema da liquidez. Apesar de tradicionalmente ser um produto de rápida liquidez no Brasil, uma série de carteiras apresentam uma liquidez maior que podem demorar de dias a semanas, o que para investidores mais reativos pode ser um problema já que demoram até resgatar seu dinheiro.

Como todo produto de renda variável os ETFs não são garantia de lucro, o investidor que optar por este produto deve estar ciente que assim como a compra de ações ou participação de fundos de investimentos o futuro das ETFs é imprevisível. Por fim, é importante lembrar do imposto de renda cobrado sobre o lucro é idêntico ao de fundos de investimento, ou seja, é cobrado 15% de tributo sobre o ganho de capital.

Assim, as ETFs trazem uma série de vantagens e desvantagens e é dever do investidor analisar se esse produto de renda variável é compatível com seu perfil de investidor. Possibilitando rendimento sem a necessidade de rotina em analisar e monitorar as ações, essa forma de investimento é ideal para os iniciantes na renda variável, mas para aqueles mais corajosos, com mais conhecimento e tempo, talvez as possam almejar voar mais alto no campo da renda variável.

*Ettory Henrique Jacob é estagiário do DMI

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Redação DMI

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