Especialista em análise de dados e fraude no setor financeiro mira teles
A FICO, multinacional norte-americana que trabalha no Brasil com análise de dados e prevenção a fraudes no setor financeiro, vai começar a vender para operadoras de telecomunicações. A intenção é, com um parceiro especializado no setor, atrair as maiores teles do país para sua carteira, entregando sistemas de inteligência em big data, prevenção de fraudes, tomada de decisão.
Segundo Alexandre Graff, vice-presidente para a América Latina e Caribe, a empresa conseguirá competir neste setor por oferecer uma solução que dá respostas rápidas às questões formuladas pelos clientes. “São soluções para identificar se é interessante ter um cliente na carteira, que orientam como roubar um cliente do concorrente, como reduzir o churn e reter clientes”, falou em encontro com jornalistas hoje, 30, em São Paulo.
Até junho os produtos moldados para as operadoras chegam ao mercado nacional. Até a metade do ano que vem ele espera que as maiores operadoras já sejam suas clientes. Se conseguir o feito, não estarão sozinhas.
A FICO existe no Brasil desde 1998, onde entrou pelo setor bancário. Entre os clientes globais que possui estão Itaú, Coca-Cola, Dell.
Em telecomunicações, já atende Nextel dos Estados Unidos, T-Mobile, Sprint, DirecTV, British Telecom, Telus, Bell Canada, Telstra, Bouygues Telecom. Em 2015 faturou US$ 839 milhões. A FICO trabalha para mais da metade dos bancos dos EUA. Cerca de 2,6 bilhões de cartões de crédito funcionam sob seu software e, segundo a empresa, 90% dos pagamentos por cartão no mundo são analisados por seus sistemas anti-fraude.
No Brasil, a fico tem 50 funcionários – a maioria dos 70 focados em América Latina. Além do setor financeiro, atende seguradoras, como Sulamérica, e grande varejo, como Walmart. A empresa oferece soluções em nuvem, mas o foco para grandes empresas é a implementação sobre a base de dados (big data) do cliente. Graff não revela qual será o parceiro para abordar as operadoras. Também não diz quanto a empresa fatura no país e metas regionais para o ano.
Diz, no entanto, que pouco mudou em função da crise econômica no Brasil. “Sistemas de combate a fraude e correlação de dados, por exemplo, continuam sendo exigidos, até mais, nestes momentos”, falou.