Ericsson reserva US$ 220 milhões para cobrir potencial multa sobre atividades no Iraque

Penalizada anteriormente pelo governo dos Estados Unidos, fabricante sueca é investigada por suposto pagamento ao Estado Islâmico
Ericsson aprovisiona US$ 220 milhões para pagar multa sobre operações no Iraque
Ericsson aprovisiona US$ 220 milhões para pagar multa sobre operações no Iraque (crédito: Freepik)

A Ericsson anunciou, nesta quinta-feira, 12, que fez uma provisão de 2,3 bilhões de coroas suecas (aproximadamente US$ 220 milhões, ou R$ 1,132 bilhão) para chegar a uma potencial resolução com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos no que diz respeito a uma investigação sobre as suas operações no Iraque.

A fabricante sueca de equipamentos de rede tinha fechado um acordo com o governo norte-americano em 2019, no qual também concordou em ficar sob supervisão por três anos. A companhia, no entanto, não divulgou completamente os resultados da investigação interna sobre supostos pagamentos feitos ao grupo terrorista Estado Islâmico. Com isso, a expectativa é de que seja penalizada novamente pelas autoridades dos Estados Unidos.

Segundo a empresa, a soma reservada será contabilizada nos resultados financeiros do quarto trimestre de 2022. Em comunicado, a fabricante sueca diz acreditar que o montante seja suficiente para pôr fim à penalidade financeira.

Em 2019, a Ericsson fechou um acordo com o Departamento de Justiça norte-americano no valor de US$ 1,06 bilhão. A companhia era acusada de subornar autoridades em outros países para vencer licitações, além de falsificar declarações contábeis entre 2000 e 2016.

Desde então, a empresa adotou medidas corretivas supervisionadas pelo Conselho de Administração, incluindo a abordagem de gerenciamento de risco em grupo e o fortalecimento do programa de compliance e controle interno.

A Ericsson informou que, em dezembro do ano passado, concordou em estender o monitoramento de conformidade independente até junho de 2024. O período inicial, estipulado no acordo de 2019, valia por três anos.

Além disso, a fabricante sueca pontuou que a investigação interna sobre a sua eventual cooperação com organizações terroristas no Iraque permanece aberta e em andamento.

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Da Redação

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