Ericsson avisa que os contratos 5G na China trarão perdas no 2º tri

Companhia também fará a baixa contábil de US$ 108,7 milhões em equipamentos pré-comerciais estocados no país asiático, o que terá reflexo negativo no balanço financeiro do período

A fabricante de equipamentos de rede Ericsson avisou nesta segunda-feira, 8, que os contratos selados com as três maiores operadoras da China terão margem bruta negativa no segundo trimestre deste ano. Conforme a companhia, neste momento o custo dos novos produtos 5G é alto, o que terá efeito negativo sobre o resultado do período.

A companhia cerrou acordos de fornecimento com China Mobile, China Telecom e China Unicom. Em comunicado, a fabricante afirma que, embora resultem em perdas no primeiro momento, os contratos são estratégicos e serão rentáveis no longo prazo.

O mercado chinês é o maior do planeta para a implementação de redes 5G. Como explica a Ericsson, estar lá será importante não apenas em função da alta demanda, mas para participar de “desenvolvimentos futuros” da tecnologia.

Na divulgação dos resultados do primeiro trimestre, a Ericsson já havia alertado para possíveis perdas com a assinatura de contratos estratégicos, podendo levar inclusive a uma margem bruta negativa no mercado chinês, mas enfatizou o impacto da pandemia de Covid-19. O segundo trimestre terá ainda impacto de baixas contábeis da ordem de US$ 108,7 milhões, relacionadas ao estoque de produtos “pré-comerciais” também na China.

Os números, afirma a fabricante, melhoram a partir do terceiro trimestre, quando passam a ser positivos. O resultado, acrescenta, não modifica as previsões de crescimento para o período de 2020 a 2022.

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Rafael Bucco

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